Os meus dias como diretor
do GDT estão a terminar. Foram nove anos de muita entrega, dando o que tinha e
arranjando forças onde muitas vezes nem sabia que existiam.
Em 2005/2006 iniciei o
percurso a convite de Artur Castro, que muito me honrou e que me prontifiquei a
aceitar e iniciar o meu trabalho nas funções que mais se afeiçoavam a mim em benefício
do clube.
Tinha acabado o curso, e
iniciei a funções de diretor do GDT depois de dois anos de associativismo, em
que fui presidente/fundador do Núcleo de Arquitetura e Artes da Faculdade de
Arquitetura, em 2003/2004 e Presidente a Associação Académica da Universidade
Lusíada de Famalicão em 2004/2005.
Foram estas experiências
que trouxe para o meu clube e iniciei um percurso de divulgação e marketing que
fez do GDT o clube mais mediático de Fafe.
Nessa época fui treinador
das camadas jovens, no Torneio Juvenil de Fafe, até á época de 2007/2008, em que
fomos campeões.
Em 2009/2010 estive no
projeto que lançou, pela primeira vez, uma equipa júnior com inscrição na AF
Braga. Estive ao lado do treinador Paulo Magalhães e Anthony Ribeiro.
Em 2012/2013 continuei a
ajudar a equipa júnior até aos dias de hoje, com muita entrega e dedicação, dando
sempre muito de mim.
Nas obras dos Carvalhinhos
(bancada e acessos) carreguei muitos blocos e betão, trabalhando fins-de-semana
e dias da semana para que as obras avançassem. Muitos diretores e amigos do
clube se dedicaram para que esta grande obra complementar ao relvado sintético
fosse efetuada. A obra muito se deveu ao Pires, ao Filipe, ao Fernando (e
irmãos), entre outros que lá trabalharam!
Nestes dois anos dei mais
ao GDT que a mim mesmo. Deixei família, namorada, amigos… para me dedicar a uma
causa, para que nada falhasse…e penso que cumpri. Nesta última época estive em
62 jogos das duas equipas do G.D. Travassós. Fiz muito trabalho que muitos nem
se aperceberam, mas quem esteve comigo sabe o que “lutei”.
O Travassós é especial.
Infelizmente há muita inveja e diz-se muitas mentiras. O Travassós tem uma
estrutura com os melhores diretores que pode haver:o Zeca foi o motor do GDT.
Simplesmente fenomenal! O Artur é o coração deste clube.Foi o obreiro da maior
evolução do clube, tanto a nivel patrimonial como desportivo. O Tio Jorge é o
melhor nas suas funções; a Cidália, que se ocupou de assuntos na AF Braga, fez
um trabalho excecional; O Paulinho (roupeiro) é exemplar; o Pedro é fantástico;
o Rui Castro, pela dedicação; os presidentes com quem trabalhei foram
excecionais, tanto na vontade, e exemplo disso são as obras dos Carvalhinhos;
como no querer: com as subidas aos patamares mais altos do futebol regional.
Muitos outros diretores são fenomenais, mas o trabalho que fazem talvez, para o
exterior, não tenha tanta projeção, mas são fulcrais no dia-a-dia do clube.
O Paulo Soares foi um
treinador especial para o clube. Fui dos primeiros a dizer “não” para que
voltasse ao clube, mas tornou-se o meu melhor amigo. Tudo que poderia falar,
ele já o sabe!
O Sr. Armando Costa é
outro grande amigo que nunca abandonarei. Para onde for treinar eu estarei com
ele, tanto do GDT como em qualquer outro clube. O Kapinha foi outro grande
amigo que ganhei. Uma pessoa humilde e trabalhadora! Vale a pena trabalhar com
homens assim.
Agradeço a muitos
jogadores que por aqui passaram, que dignificaram a camisola, pois eles foram
(e serão sempre) a alma do clube. A minha maior recompensa foram as
vitórias...mas também saber perder e conviver com as derrotas tornaram-me mais
forte pois o futebol, apesar de tudo, é apenas uma parte da nossa vida...e as
maiores derrotas não é o futebol que nos as dá!
O Travassós tem tudo para
se praticar futebol sem sobressaltos! Só quem nunca passou por mais nenhum
clube é que não se apercebe do valor deste clube, de uma freguesia cuja
emigração fez as pessoas saírem, mas que com esforço e dedicação tudo resolve.
Nos dias de hoje não é
fácil a vida dos clubes! Os clubes estão a viver um “silencioso desespero”. Não
é fácil ser diretor, nada é fácil no futebol a nível amador! Sim… somos todos
amadores!
Não precisei de receber
medalhas, mas bastava terem-me dito: “Obrigado”!
Serei sempre um
travassolista e, enquanto sócio, tudo ajudarei e nada mais!
Desejo a todos que irão
continuar os destinos do clube que continuem a honrar e a dignificar as cores
do GD Travassós.
Até sempre.
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