sexta-feira, 20 de junho de 2014

Gil Soares despede-se do G.D. Travassós...A saída de um Travassolista apaixonado! Deixei família, namorada, amigos para me dedicar a uma causa!

















































Redacção


Deixei família, namorada, amigos para me dedicar a uma causa...



Os meus dias como diretor do GDT estão a terminar. Foram nove anos de muita entrega, dando o que tinha e arranjando forças onde muitas vezes nem sabia que existiam.
Em 2005/2006 iniciei o percurso a convite de Artur Castro, que muito me honrou e que me prontifiquei a aceitar e iniciar o meu trabalho nas funções que mais se afeiçoavam a mim em benefício do clube.
Tinha acabado o curso, e iniciei a funções de diretor do GDT depois de dois anos de associativismo, em que fui presidente/fundador do Núcleo de Arquitetura e Artes da Faculdade de Arquitetura, em 2003/2004 e Presidente a Associação Académica da Universidade Lusíada de Famalicão em 2004/2005.
Foram estas experiências que trouxe para o meu clube e iniciei um percurso de divulgação e marketing que fez do GDT o clube mais mediático de Fafe.
Nessa época fui treinador das camadas jovens, no Torneio Juvenil de Fafe, até á época de 2007/2008, em que fomos campeões.
Em 2009/2010 estive no projeto que lançou, pela primeira vez, uma equipa júnior com inscrição na AF Braga. Estive ao lado do treinador Paulo Magalhães e Anthony Ribeiro.
Em 2012/2013 continuei a ajudar a equipa júnior até aos dias de hoje, com muita entrega e dedicação, dando sempre muito de mim.


Nas obras dos Carvalhinhos (bancada e acessos) carreguei muitos blocos e betão, trabalhando fins-de-semana e dias da semana para que as obras avançassem. Muitos diretores e amigos do clube se dedicaram para que esta grande obra complementar ao relvado sintético fosse efetuada. A obra muito se deveu ao Pires, ao Filipe, ao Fernando (e irmãos), entre outros que lá trabalharam!
Nestes dois anos dei mais ao GDT que a mim mesmo. Deixei família, namorada, amigos… para me dedicar a uma causa, para que nada falhasse…e penso que cumpri. Nesta última época estive em 62 jogos das duas equipas do G.D. Travassós. Fiz muito trabalho que muitos nem se aperceberam, mas quem esteve comigo sabe o que “lutei”.

O Travassós é especial. Infelizmente há muita inveja e diz-se muitas mentiras. O Travassós tem uma estrutura com os melhores diretores que pode haver:o Zeca foi o motor do GDT. Simplesmente fenomenal! O Artur é o coração deste clube.Foi o obreiro da maior evolução do clube, tanto a nivel patrimonial como desportivo. O Tio Jorge é o melhor nas suas funções; a Cidália, que se ocupou de assuntos na AF Braga, fez um trabalho excecional; O Paulinho (roupeiro) é exemplar; o Pedro é fantástico; o Rui Castro, pela dedicação; os presidentes com quem trabalhei foram excecionais, tanto na vontade, e exemplo disso são as obras dos Carvalhinhos; como no querer: com as subidas aos patamares mais altos do futebol regional. Muitos outros diretores são fenomenais, mas o trabalho que fazem talvez, para o exterior, não tenha tanta projeção, mas são fulcrais no dia-a-dia do clube.
O Paulo Soares foi um treinador especial para o clube. Fui dos primeiros a dizer “não” para que voltasse ao clube, mas tornou-se o meu melhor amigo. Tudo que poderia falar, ele já o sabe!
O Sr. Armando Costa é outro grande amigo que nunca abandonarei. Para onde for treinar eu estarei com ele, tanto do GDT como em qualquer outro clube. O Kapinha foi outro grande amigo que ganhei. Uma pessoa humilde e trabalhadora! Vale a pena trabalhar com homens assim.
Agradeço a muitos jogadores que por aqui passaram, que dignificaram a camisola, pois eles foram (e serão sempre) a alma do clube. A minha maior recompensa foram as vitórias...mas também saber perder e conviver com as derrotas tornaram-me mais forte pois o futebol, apesar de tudo, é apenas uma parte da nossa vida...e as maiores derrotas não é o futebol que nos as dá!
O Travassós tem tudo para se praticar futebol sem sobressaltos! Só quem nunca passou por mais nenhum clube é que não se apercebe do valor deste clube, de uma freguesia cuja emigração fez as pessoas saírem, mas que com esforço e dedicação tudo resolve.
Nos dias de hoje não é fácil a vida dos clubes! Os clubes estão a viver um “silencioso desespero”. Não é fácil ser diretor, nada é fácil no futebol a nível amador! Sim… somos todos amadores!
Não precisei de receber medalhas, mas bastava terem-me dito: “Obrigado”!
Serei sempre um travassolista e, enquanto sócio, tudo ajudarei e nada mais!
Desejo a todos que irão continuar os destinos do clube que continuem a honrar e a dignificar as cores do GD Travassós.
Até sempre.


Gil Soares

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