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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ainda o Chaves - Fafe. A.D. Fafe levou um valente murro no estômago!


Da Tribuna do FafeDesportivo

Ainda o jogo (muito inabitual) G.D. Chaves – A.D. Fafe
 





Manhã cedo, muni-me dos meus utensílios para a minha habitual reportagem, e lá fui de abalada até Chaves na companhia de uns amigos dos futebóis.

Durante a viagem, confidenciava aos meus companheiros que não gostei nada de saber da nomeação de um árbitro do C.A. Porto, Carlos Filipe Brandão Carvalho Reis. Porquê? Eu passo a explicar o teor da nossa conversa;

Tratando-se de um jogo que poderia colocar a A.D. Fafe no segundo lugar, ou aproximar mais o G.D. Chaves do primeiro, o que veio a acontecer, não concordei de forma nenhuma que o juiz de tão importante jogo de futebol fosse um jovem com 31 anos, recentemente feitos. Obviamente, pensei tratar-se de um árbitro ainda imberbe para estas andanças, mais concretamente para este tipo de jogos.

Sendo um autêntico desconhecido para mim, eu que ainda vi apitar o Joaquim Leite, o Armando Paraty, o Melo Acúrsio, o João Rosa, o Rosa Santos, o António Garrido, o Porém Luís, o Francisco Silva, o Fortunato de Azevedo, o Azevedo Duarte, o José Silvano, o António Eustáquio, o José Pratas, o Vítor Correia, etc… e também o melhor árbitro do mundo, Pedro Proença, numa reportagem que levei a cabo no último jogo da época passada em Moreira de Cónegos, que ditou a subida destes, procurei, porque sou “curioso”, saber quais as aptidões deste jovem que adoptou o nome de Filipe Reis na arbitragem.

O início da partida entre Chaves e Fafe, até me fez esquecer que este jovem árbitro, que integrou, ou integra os Órgãos Directivos do Núcleo de Árbitros Francisco Guerra, no Porto, era inexperiente. Porque foi soberano ao expulsar aos 3 minutos o defesa flaviense Celso, que derrubou ostensivamente Filipe que seguia isolado para a baliza. Impecável  na decisão, correcta, o juiz da partida!
Contudo, tive em simultâneo uma má premonição, é verdade que tive. Confirmou-se aquilo que o meu cérebro me transmitiu porque;
1 – Aos 14 minutos Tiago André viu um cartão amarelo. Aos 23 foi Badará. Aos 24 foi João Nogueira e por aí adiante. Estes dois últimos foram escandalosamente expulsos com a amostragem da segunda cartolina amarela, na segunda parte.
2 – Isto revela o seguinte; O Fafe em superioridade numérica tentou tirar partido desse factor, mas o Sr. árbitro entendeu que os fafenses recorriam à falta para chegar à baliza do Chaves.
Intervalo: 0-0.
Na segunda parte, o árbitro que ainda há três anos apitava nos distritais do Porto, e que ascendeu este ano à 2.ª Nacional, com dois jogos efectuados nesta divisão ao cabo de 16 jornadas, um Boavista – Infesta e o Padroense – Varzim, mostrou então a toda a plateia do Estádio flaviense que não merece andar por cá, ainda.
O jogo continuava empatado, o Chaves jogava com dez, João Nogueira veio para a rua com o segundo amarelo, por ter feito um desarme limpinho. Pior ainda, terrível mesmo, foi a expulsão de Badará que, em nosso entender, foi agarrado pelo guarda-redes do Chaves, era penalti, mas veio para a rua! Que injustiça tremenda!
Ao nosso lado, comentavam alguns simpáticos adeptos flavienses… vai ficar caro ao Fafe o facto de “ele” nos ter expulsado o nosso jogador aos 3 minutos! E não é que os senhores até tinham razão!?
Mas a maior vergonha, aquele “crime” por si cometido foi aos 91 minutos. André fez um desarme limpo na área do Fafe, já descaído para a esquerda, e o Sr. Árbitro da 2.ª Divisão Nacional do Futebol Português, marcou penalti. É verdade, marcou penalti! Impressionante!
O Chaves ganhou e está na luta pela subida. O Chaves é um clube simpático de que quase todos os fafenses gostam. Quando o Fafe joga em Chaves é uma festa!
Mas o Sr Árbitro da Segunda Divisão Nacional de Futebol, não sabe que deu um valente murro nas aspirações do Fafe. Num clube que chegou atrasado à cidade transmontana, devido a avaria no seu autocarro. Num clube que teve de fazer uma alteração na equipa mesmo em cima do início do jogo por lesão de Miguel Mendes. Num clube onde pontificam grandes e enormes jogadores de futebol, que mereciam ordenados bem mais altos que outros colegas adversários que têm defrontado. Porque são, indubitavelmente melhores!
Carlos Filipe Brandão Carvalho Reis, poderá ser um excelente profissional, empregado de armazém, espero sinceramente que o seja com muito êxito e por muito tempo.
Mas, Sr Árbitro de Futebol da Segunda Divisão Nacional, não se engane a si próprio e diga aos seus responsáveis para o devolverem depressa aos escalões distritais. Mas vá depressa! Porque se o não fizer rápido, corre o sério risco de lá chegar e constatar que os seus colegas já lhe estão por cima, nomeadamente no que concerne à RECTIDÃO que deve ser aplicada, aqui ou na China, na condução de um jogo de futebol.

                                                                                                                                                             Abel Castro