Texto e Fotos: Abel Castro
Nova Assembleia Geral para
a próxima sexta-feira para eleição dos Corpos Gerentes.
Reunião com a Câmara na
próxima quinta-feira pode ser decisiva!
Numa Assembleia com um
razoável número de associados, ao fim e ao cabo, os que são fiéis à Associação
Desportiva de Fafe, o Relatório e Contas foi aprovado por maioria.
No ponto dois da Ordem de
Trabalhos a coisa aqueceu. Houve associados que manifestaram a sua revolta pelo
facto de ver in-loco que o clube está numa situação extremamente difícil.
O Plano Mateus começou a
ser uma das principais causas de endividamento da A.D. Fafe, dado que estava a
ser cumprido na sua plenitude, sendo depois interrompido até aos dias de hoje,
sendo a dívida de 125.000,00 €.
Os acordos prestacionais
com o IGFSS (Seg. Social), ascendem a 250.000,00 €, sendo que 100.000,00 € são
referentes a juros!
A dívida a Albano Soares
da Costa totaliza 140.000,00 €.
O montante devido à Global
Stadium (arrelvamento do Campo n.º 2) é de 81.000,00€.
Outro montante de elevado
valor, 359.850,00 €, corresponde a uma dívida ao antigo presidente, Albino
Salgado Pereira.
Outros débitos, ao
motorista e ao massagista Avelino, dão a soma de 19.000,00 €.
Se a estes valores
somarmos outras dívidas, atletas, treinadores e funcionários EDP e outros, no
valor de 95.000,00 €, chega-se facilmente a um passivo de 1.177.855,77 €.
Na verdade são números
assustadores mas, o facto é que alguns deles podem prescrever, caso da
Segurança Social. À Global Stadium o Fafe diz nada dever, 81.000,00 €, dado o incumprimento
por parte destes. Há também 359.850,00 € de Albino Salgado cuja dívida está justificada. E depois, existem acordos de pagamentos
entretanto estabelecidos, casos de Albano Costa que vai receber 15.000,00 € por
ano. Estamos a falar em cerca de 600.000,00 € somente relativos a estes três credores,
que vêm desanuviar bastante o panorama financeiro.
Mas a grande luta do
momento, é mesmo o subsídio no valor de 150.000,00 € que a Câmara atribui
anualmente ao clube, e ainda não o fez. E não o fez, porque a edilidade fafense
exige aos dirigentes do Fafe documentos comprovativos de inexistências de
dívidas, assentes em acordos de pagamento.
Um associado foi mais
longe dizendo “Mas afinal a Câmara é parceiro do Fafe ou está a ser o coveiro
do clube?”.
Jorge Fernandes respondeu
a todas as questões, adiantando que está em permanente contacto com a Câmara e
com a Administração Fiscal, mostrando alguma confiança que tudo venha a
resolver-se para bem do clube. Mas também foi adiantando que sozinho não
consegue fazer tudo, numa demonstração explícita que necessita de ajuda urgente.
Ajuda dos associados e das supracitadas entidades públicas. “Ainda temos a
possibilidade de dar como hipoteca o nosso Auditório. É propriedade da A.D.
Fafe, mas foi efectivamente construído num terreno camarário. Se a Câmara nos
reconhecer o direito de superfície, o edifício que está avaliado em 300.000,00
€, dá-nos no imediato garantias de desbloquear a situação. Sabemos que a dívida
se mantém. Mas com este progresso processual, estou convencido que o Fafe daqui
a cinco anos tem 80 % da dívida saldada e pode aspirar a outros voos no
panorama desportivo nacional, mais concretamente uma disputa por uma subida à
2.ª Liga”. Sem entrar em qualquer tipo de optimismo, bem pelo contrário, Jorge
Fernandes adiantou que “Sem uma garantia real a Câmara não nos atribui o subsídio.
Tudo temos feito para desbloquear este processo. Julgo que a Câmara não estará
interessada que o Fafe acabe. Temos uma reunião na próxima quinta-feira na
Câmara e é possível que haja avanços significativos que possam ajudar a A.D.
Fafe” disse.
O Conselho Geral, composto
por algumas figuras influentes da nossa cidade, foi amplamente criticado. Sendo
um Órgão criado para actuar em situações de crise, apenas um ou dois elementos
estavam presentes na Assembleia. Ribeiro Cardoso, Presidente da Assembleia
Geral prometeu que vai convocar o referido Conselho Geral para estar presente
na próxima Assembleia agendada para a próxima sexta-feira. O facto desta
reunião magna ser agendada já para a próxima semana, prende-se com a grande
urgência que o Fafe tem em ter uma Direcção, dado que o campeonato está aí à
porta e não há mais tempo a perder.
Em suma, embora já soubéssemos
que o Fafe passava por dificuldades, toda a gente sabe, desconhecíamos, isso
sim, que o clube corre o risco de fechar as portas caso o subsídio da Câmara
Municipal de Fafe não entre na A.D. de Fafe com a máxima urgência!
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