terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Toninho "Keita"...o desporto nunca o esquecerá!


Só após as exéquias fúnebres do saudoso Amigo, António Costa Gonçalves “Toninho Keita”, FafeDesportivo conseguiu “disponibilidade” para noticiar o seu triste desaparecimento da vida térrea aos 70 anos. Até aqui, ficamos aturdidos com a notícia, mesmo com o conhecimento de que o Toninho “Keita” se encontrava internado em estado grave.
Amigo e vizinho de infância, senti um arrepio enorme quando me foi transmitida a mensagem. Porque jamais esquecerei a postura e semblante do Toninho, que irradiava alegria e boa disposição a cada segundo da sua vida.
Natural de Antime, tal como eu, o Toninho “Keita” foi uma personalidade que esteve sempre vinculada ao desporto. Como praticante de futebol, o meu Amigo Toninho representou as cores do Desportivo Arco de Baúlhe, que na altura recrutava os “craques de Fafe” e ainda o Grupo Desportivo de Silvares, ainda na FNAT.
Em França, na qualidade de emigrante, representou a nível amador, o F.C. Zerzat, em Clermont Ferrand durante duas épocas. Naquele clube gaulês, o Toninho recebeu um troféu de melhor jogador da equipa. Regressado depois a Portugal, o Toninho regressou ao Desportivo Arco de Baúlhe, sendo na ocasião notícia de capa de um dos principais jornais de Basto.
A sua alcunha de “Keita” provém do seu enorme amor e paixão inabalável ao Sporting Clube de Portugal, que na altura tinha no seu plantel o maliano Salif Keita, jogador que o Toninho adorava e tentava imitar. Aquando da marcação de golos, o Toninho pronunciava…”Este foi à Keita”. O cognome ficou, e ficará eternizado.
A Associação Desportiva de Fafe, foi sempre outro dos grandes amores do meu amigo Toninho “Keita”. Foi um dos grandes e principais elementos da famosa Comissão de Auxílio, que tive o prazer de integrar, na altura em que a A.D. Fafe era um Clube temido dentro e fora de portas, chegando à primeira divisão nacional, sendo presidente da direcção João Freitas.
O desporto, mais concretamente o futebol, ficou a dever muito ao Toninho “Keita”. Para além do seu valor como praticante, o Toninho tinha sempre bem presente a vertente humana, construindo com extrema facilidade amizades nos quatro cantos do mundo.
O meu Amigo Toninho não merecia nada viver da forma que viveu connosco, este ano de 2013. Mas se Ele o chamou, é sinónimo de que precisava de si junto Dele. Teve o seu tempo junto de nós, fazendo-nos a todos muito felizes, mas estou certo que o lugar do Toninho será numa posição de Gala junto do Reino dos Céus.
Um abraço grande, Toninho!
Abel Castro

 

 

 

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