Só após as exéquias fúnebres do saudoso Amigo, António Costa
Gonçalves “Toninho Keita”, FafeDesportivo conseguiu “disponibilidade” para
noticiar o seu triste desaparecimento da vida térrea aos 70 anos. Até aqui,
ficamos aturdidos com a notícia, mesmo com o conhecimento de que o Toninho “Keita”
se encontrava internado em estado grave.
Amigo e vizinho de infância, senti um arrepio enorme quando
me foi transmitida a mensagem. Porque jamais esquecerei a postura e semblante
do Toninho, que irradiava alegria e boa disposição a cada segundo da sua vida.
Natural de Antime, tal como eu, o Toninho “Keita” foi uma
personalidade que esteve sempre vinculada ao desporto. Como praticante de
futebol, o meu Amigo Toninho representou as cores do Desportivo Arco de Baúlhe,
que na altura recrutava os “craques de Fafe” e ainda o Grupo Desportivo de
Silvares, ainda na FNAT.
Em França, na qualidade de emigrante, representou a nível amador, o F.C. Zerzat,
em Clermont Ferrand durante duas épocas. Naquele clube gaulês, o Toninho
recebeu um troféu de melhor jogador da equipa. Regressado depois a Portugal, o
Toninho regressou ao Desportivo Arco de Baúlhe, sendo na ocasião notícia de
capa de um dos principais jornais de Basto.
A sua alcunha de “Keita” provém do seu enorme amor e paixão inabalável ao
Sporting Clube de Portugal, que na altura tinha no seu plantel o maliano Salif
Keita, jogador que o Toninho adorava e tentava imitar. Aquando da marcação de
golos, o Toninho pronunciava…”Este foi à Keita”. O cognome ficou, e ficará
eternizado.
A Associação Desportiva de Fafe, foi sempre outro dos
grandes amores do meu amigo Toninho “Keita”. Foi um dos grandes e principais elementos da
famosa Comissão de Auxílio, que tive o prazer de integrar, na altura em que a
A.D. Fafe era um Clube temido dentro e fora de portas, chegando à primeira
divisão nacional, sendo presidente da direcção João Freitas.
O desporto, mais concretamente o futebol, ficou a dever
muito ao Toninho “Keita”. Para além do seu valor como praticante, o Toninho
tinha sempre bem presente a vertente humana, construindo com extrema facilidade
amizades nos quatro cantos do mundo.
O meu Amigo Toninho não merecia nada viver da forma que
viveu connosco, este ano de 2013. Mas se Ele o chamou, é sinónimo de que precisava
de si junto Dele. Teve o seu tempo junto de nós, fazendo-nos a todos muito felizes,
mas estou certo que o lugar do Toninho será numa posição de Gala junto do Reino
dos Céus.
Um abraço grande, Toninho!
Abel Castro
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