sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Saiba tudo sobre a saída de Sérgio Pereira do G.D. Silvares


Texto e fotos: Abel Castro


FafeDesportivo à conversa com Sérgio Pereira, ex-treinador do G.D. Silvares…

 - Tive sempre o apoio da Direcção até ao jogo do Pica…
 - Precisava saber até que ponto a Direcção estava comigo…
- A minha saída do Silvares não foi consensual…

 - Não tive uma estreia feliz, mas não fomos os bombos da festa…
 - Só voltarei a ser adjunto de Vítor Pacheco…
 - Há clubes que pagam mais em prémios, que o Silvares em ordenados…
 - Foi totalmente falso o que foi escrito num blog de Fafe (que eu tinha voltado com a palavra atrás). Isso entristeceu-me muito…

FafeDesportivo: Sérgio, diga-nos, a sua saída do comando técnico do Silvares teve a ver com a pesada derrota com o Pica, ou houve outros contornos que motivaram o seu abandono?
Sérgio Pereira: Sim, teve a ver com essa pesada derrota, eu na qualidade de responsável máximo da equipa vi algumas situações que me levaram a tomar essa decisão, precisava sentir até que ponto a direcção estava com a equipa técnica.
FafeDesportivo: Julgamos também, que a sua saída do Silvares não terá sido consensual. Ou seja, houve directores que queriam a sua continuidade e outros não. É verdade isto?
Sérgio Pereira: Sim isso também é verdade, mas logo que fiz a comunicação, e falando com o meu adjunto Chico, disse que a minha decisão era irreversível e achamos que tomamos a melhor decisão.
FafeDesportivo: Contou sempre com o apoio da Direcção do Silvares enquanto esteve no clube?
Sérgio Pereira: Sempre tive o apoio da Direcção ate ao jogo do Pica dentro das possibilidades económicas do clube. Tentaram sempre que houvesse condições de nada faltar e nisso presto desde já o meu agradecimento ao Silvares.
FafeDesportivo: Sendo este o seu ano de estreia como treinador, o que sente após esta precoce saída a meio de uma época?
Sérgio Pereira: Não foi a estreia perfeita, mas dentro daquilo que algumas pessoas perspectivaram no início da época em que iriamos ser os bombos do campeonato, o G.D.Silvares demonstrou que tinha valor. Sinto que esta equipa ira cumprir os objectivos a que se propôs no início da época.
FafeDesportivo: É do nosso conhecimento que, consigo a treinador, houve dois jogadores que abandonaram o Silvares. Um deles era o capitão da equipa. Quer-nos esclarecer acerca deste episódio?
Sérgio Pereira: Isso e uma verdade, mas que em nada teve a ver com a equipa técnica. Essa e uma questão que é do foro interno do clube.
FafeDesportivo: A equipa do Silvares foi construída maioritariamente por jogadores de Felgueiras, alguns do Futebol Popular. Acha que foi uma aposta correcta, em novos valores, ou foi aquilo que lhe pediram para arranjar?
Sérgio Pereira: Isso e uma falsa questão. Repare em primeiro lugar nunca senti alguma diferença na equipa por ser da Lixa, Felgueiras ou Fafe. Em segundo lugar, o plantel do G.D.Silvares tem 6 jogadores da Lixa,7 de Felgueiras e 10 de Fafe portanto, é errado as pessoas tentarem justificar-se com o injustificável: Em terceiro lugar, no futebol popular existem muitos bons valores que precisam é de oportunidade que foi o que fiz. Em quarto lugar, o Silvares por intermédio da sua Direcção pediu-me que fizesse uma equipa com menos de metade do orçamento da época passada, pouca gente sabe mas mais de metade do plantel ganha entre 20 a 30 euros mês o mais caro recebe 60 euros, e sei que há clubes que de prémio de jogo pagam o que muitos recebem num mês só. Por ai se vê a diferença, como foi difícil fazer o plantel, mas foi estes que eu escolhi e depositei toda a minha confiança e desde já lhes agradeço publicamente por todo o seu empenho e disponibilidade.
FafeDesportivo: Enquanto treinou o G.D. Silvares sentiu que teve sempre o grupo de trabalho na mão? Ou não?
Sérgio Pereira: Os jogadores deram-me sempre a entender que estavam com a equipa técnica. Havia uma grande empatia entre todos, aliás, quando comuniquei a minha decisão, muitos deles mandaram-me mensagens a tentar mudar a minha decisão. Não foi por eles que decidi assim, tinha plena confiança na equipa, mas também sei que poderia haver alguém descontente por não jogar mas nunca criaram problemas e treinavam sempre bem.
FafeDesportivo: Sabemos que vai iniciar também um curso de treinador. Ou seja, sente-se vocacionado para desempenhar este papel. Para treinar em campeonatos federados, certo? Admite voltar a ser adjunto, ou só aceita ser treinador principal?
Sérgio Pereira: É verdade. Os cursos estiveram fechados muito tempo e abriram recentemente. Já fiz a inscrição porque o futebol nunca deixará de fazer parte da minha vida. Quando acabei de jogar, tive o privilégio de ser adjunto do Vítor Pacheco, onde aprendi bastante. Aproveito esta oportunidade para lhe agradecer publicamente, porque se trata de um ser humano do melhor que existe, e como técnico sei que irá ter um grande futuro. Em relação a ser adjunto, só mesmo com o Pacheco a principal, vai depender muito do projecto, mas primeiro tenho que tirar o curso, depois o que vier, será por acréscimo.
FafeDesportivo: Quer deixar alguma mensagem/recado para alguém nesta fase menos boa da sua ainda jovem carreira de técnico de futebol?
Sérgio Pereira: Sim. A primeira mensagem é para dizer que, o que foi escrito num blogue de Fafe, em que eu tinha voltado atrás na minha decisão é totalmente falso. O presidente, que eu considero uma pessoa séria, sabe e através de um telefonema disse-me que a autoria dessas palavras não eram dele nem do Sr. Jorge Pinto que foram os únicos que falaram comigo. É a única situação que realmente me entristece, mas cada um responde pelos seus actos. Em segundo lugar e para terminar, dirijo-me aos jogadores, a quem desejo muito sucesso. Que tentem cumprir com os objectivos, porque o  sucesso deles será em parte o meu sucesso.

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