Por: Francisco Castro
FafeDesportivo leva todas as semanas a efeito o rescaldo da jornada efectuado sempre por um treinador habilitado na área técnica e táctica, como é o caso do categorizado treinador de futebol Francisco Castro, profundo conhecedor do futebol distrital, estando a frequentar actualmente o curso de 2.º nível.
CAMPEONATO DE PORTUGAL PRIO/SUBIDA
A.D. Fafe - O Fafe venceu o Bragança num jogo de grau de dificuldade elevado como se previa.
Um início de jogo cauteloso das duas equipas, com o Fafe a tentar comandar e impor o seu jogo, pois jogava em casa e queria dar mais um passo rumo à subida de divisão, mas do outro lado encontrou uma equipa forte na sua organização e segura nos processos que implementava para sair a jogar.
Logo nos primeiros minutos se verificou o equilíbrio entre as duas equipas, em que só uma falha individual ou colectiva na organização de uma das equipas iria provocar algum lance de perigo e iminente golo.
Aconteceu isso a favor do Fafe, com uma perda de bola sobre o lado direito defensivo do Bragança, com Marquinhos a ser rápido na reacção e a chocar com o guarda-redes do Bragança tendo o árbitro assinalado grande penalidade que Allan converteu no primeiro da partida.
Logo a seguir uma boa reacção da equipa do Bragança, primeiro através de dois lances de bola parada, em que poderia ter tido mais sucesso e depois em mais uma bela combinação sobre o seu lado direito um corredor muito activo na primeira parte o Bragança desperdiça uma grande oportunidade com o avançado depois de receber um cruzamento atrasado a permitir a intervenção de Marçal, quando tinha tudo para fazer o golo.
Pouco depois foi o Fafe a dispor de nova ocasião para ampliar o marcador, mas a ineficácia do seu avançado a não conseguir tal feito.
O Bragança chega ao empate em mais uma bela jogada da equipa de André David, com a bola a circular do corredor esquerdo para o corredor central e deste entrando no corredor direito onde mais uma vez o lateral muito activo e dinâmico no seu jogo ganha espaço e já perto da linha final tentando o passe, Ferrinho já no chão corta o lance com o braço. Grande penalidade assinalada e o Bragança a chegar ao empate, sendo este o resultado que chegou ao intervalo.
Na segunda parte tivemos um reinício de jogo com o Fafe a entrar forte, dinâmico, agressivo sobre a bola, metendo velocidade nos corredores laterais, mas por vezes a faltar mais discernimento no último passe. Numa dessas incursões o inconformado e trabalhador Allan sobre o lado direito e depois de ganhar uma segunda bola encara o 1x1 com o lateral, ganha-lhe o espaço e de pé esquerdo cruza com qualidade com Jorge Gonçalves do outro lado a aparecer em zona de finalização e a fazer o segundo golo.
Pouco depois um revés na equipa brigantina numa bola disputada na linha lateral com uma pequena picardia entre Ferrinho e Wellington, com este a receber ordem de expulsão por alegada agressão. Pensava-se que a partir daqui as coisas se tornariam mais fáceis para o Fafe, puro engano, pois a equipa do Bragança assumiu as rédeas do jogo com uma boa circulação de bola mesmo em inferioridade numérica tendo oportunidade para empatar em quatro ocasiões, não o conseguindo por falta de eficácia dos seus jogadores.
O Fafe respondia em contra-ataques, mas sem estar muito confortável no jogo, os passes para esses mesmos contra-ataques não saíam com a qualidade exigida.
André David arrisca tudo com a entrada de dois elementos que continuaram a acrescentar a dinâmica à equipa, com Agostinho Bento também a ler bem o jogo e a reforçar a zona intermédia com a entrada de William para lateral passando Ferrinho para o meio campo e o experiente central Ricardo Fernandes no centro da defesa com André a derivar para médio.
O jogo foi correndo para o fim, sem antes do termo um jogador do Fafe e outro do Bragança tenham recebido ordem de expulsão.
Vitória muito importante e dificílima do Fafe, que continua a sua caminhada não tendo feito dos melhores jogos desta fase mas também por mérito da equipa Brigantina que demonstrou o porquê dos resultados que tem obtido principalmente fora de casa.
CAMP. PORTUGAL PRIO/MAN. DESCIDA
Aroes SC: Num jogo "de vida ou morte" o Arões esteve quase morto mas soube ressuscitar e digo isto porque...? Com pouco tempo de jogo o Arões já se encontrava a perder, com uma entrada apática no mesmo, num jogo de capital importância a equipa do Arões bloqueou em parte da primeira metade, sem critério em termos ofensivos e pior ainda em termos defensivos com a equipa de Mondim a chegar com facilidade aos 0-3.
Ainda antes do intervalo e era isto que o Arões teria que fazer para tentar ainda disputar os pontos em jogo, o Arões reduziu a desvantagem.
Na 2.a parte a equipa transfigurou-se fez o segundo golo logo a abrir, o seu técnico com as alterações introduzidas mexeu com o orgulho dos seus jogadores que ainda a meio da 2.a parte chegaram ao empate e empurraram o Mondinense para os seus últimos 30 metros e criando várias situações de golo.
Com esta atitude e intensidade no jogo, a equipa de Luís Miguel foi premiada com o golo da vitória já perto do fim apontado por Miguel.
Como tinha dito na passada semana, só uma vitória interessava neste jogo para capitalizar o ponto conquistado fora de portas na jornada anterior e agora com novo jogo em casa perante o Varzim B há que capitalizar ainda mais esta vitória para assim os objectivos ficarem mais perto.
PRÓ-NACIONAL/A.F. BRAGA
GD Travassós: Se calhar numa das últimas oportunidades para o Travassós pensar na manutenção, só uma vitória interessava a esta equipa perante o Forjães.
Não foi um jogo muito bem jogado por parte das duas equipas, com poucas oportunidades de golo, muito mastigado a meio campo, com a equipa da casa a tentar e a fazer o que pôde para continuar com a chama da manutenção acesa, mas do outro lado estava uma equipa tranquila na tabela sem qualquer pressão e a fazer o seu jogo com a tranquilidade necessária.
Um jogo que no final deu empate, resultado esse que não atira definitivamente o Travassós para a divisão de honra, mas que compromete em muito o objectivo da manutenção.
Realço mais uma vez a postura e a dignidade dos atletas e responsáveis técnicos do Travassós, que continuam a dignificar o clube mesmo em condições precárias.
DIVISÃO HONRA A.F. BRAGA/SÉRIE B
ACD Pica - Jogo grande na Póvoa de Lanhoso, o Pica se ganhasse em Porto D'Ave entraria nos lugares de subida e foi com esse objectivo que a equipa fafense entrou forte no jogo chegando à vantagem no marcador e dominando o mesmo na parte inicial.
Mas do outro lado como tenho dito e já constatei isso em vários jogos, estava uma equipa do Porto D'Ave com muita experiência e qualidade ao mesmo tempo forte nas bolas paradas ofensivas e foi nessas situações que deu a cambalhota no marcador.
No 2.o tempo tivemos um jogo dividido com o Pica à procura do golo do empate, mas ao mesmo tempo a expor-se aos contra-ataques do Porto D'Ave que poderia a qualquer momento fazer um 3.o golo. Situação essa que veio a acontecer criando aí desde logo muitas dificuldades ao Pica para sair com um resultado positivo.
Mesmo assim, a equipa acreditou e ainda conseguiu reduzir o marcador mas não foi a tempo de conquistar pelo menos um ponto que seria útil nesta luta pela subida.
1.ª DIVISÃO A.F. BRAGA/SÉRIE D
Silvares|Regadas: Dérbi antigo em Silvares, da parte do Silvares era a sua honra que estava em jogo mas da parte do Regadas mais que a honra estava em jogo o carimbar do 2.o lugar com uma possível vitória.
Na 1.a parte o Regadas fez por isso com alguma facilidade, chegou ao 2-0 e poderia ter feito mais um ou dois golos dominando a primeira parte a seu bel- prazer e não deixando o Silvares criar perigo.
Na 2.a parte tudo se inverteu, uma postura completamente diferente das duas equipas, o Silvares a querer limpar a imagem da 1.a parte, a ser mais perigoso, mais determinado, mais intenso e os seus jogadores a acreditarem que era possível dar a volta ao resultado.
Da parte do Regadas uma posição totalmente inversa, a equipa relaxou, pensava que o jogo estava ganho, desorganizou - se deixou de ganhar os duelos individuais e colectivamente deixou de funcionar em alguns momentos, lógico que esta apatia trouxe consequências, com o Silvares a fazer dois golos, a chegar ao empate perante a surpresa dos muitos adeptos presentes no campo do Silvares e a pôr em causa se o Regadas conseguiria neste jogo o 2.o lugar.
Logicamente que depois do empate existiu uma reacção do Regadas, mas já não com a qualidade e principalmente o sangue frio necessário para chegar a um 3.o golo depois de deixar fugir uma vantagem de dois golos.
O jogo terminou com um empate, um prémio para os atletas do Silvares e para o Regadas um alerta para todos de que os jogos só acabam quando o árbitro apita, e têm na próxima jornada a oportunidade de segurar e carimbar o 2.o lugar que pode dar subida à divisão de honra.
GD Fareja: Esta goleada sofrida em casa pelo Fareja certamente não era o desejado pelo seu técnico na despedida.
Até começou bem a sua equipa, chegando à vantagem e tendo alguma supremacia na fase inicial da 1.a parte mas do outro lado o Fermilense tinha uma palavra a dizer pois uma vitória aqui em Fareja e dependendo de outros resultados, poderia levar esta equipa para a última jornada com a possibilidade matemática ainda de chegar ao 2.o lugar.
Fez pela vida durante a 2.a parte do jogo adoptando uma postura dominante em quase todos os momentos do jogo, conseguindo chegar à igualdade a dois golos e depois aumentando o score perante a falta de reacção da equipa do Fareja.
O jogo terminou com uma goleada a favor da equipa de Basto, que assim ainda sonha com o 2.o lugar. Quanto ao Fareja, na próxima jornada vai tentar limpar a imagem deixada neste jogo, pelo menos pelos números no resultado final, e trabalhar já a pensar na próxima temporada.
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