quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Hoje falamos do nível estrutural dos Clubes: A.D. Fafe, Arões S.C., G.C.D. Regadas, O.F.C. Antime, A.C.D. Pica e G.D. Silvares...


Em tempos de crise, analisamos a actualidade dos clubes de futebol de Fafe e o seu nível estrutural…



A.D. Fafe: É indubitavelmente o clube mais representativo do nosso concelho. Recordar-nos-emos por tempo indeterminado, dos grandes momentos de glória que a cidade e o concelho de Fafe viveram à custa da A.D. Fafe.
A actualidade é bem diferente. A passar por uma grave crise directiva e financeira, é uma Comissão Administrativa, demasiado jovem, que gere os destinos do clube.
Aprovada por uns, que reconhecem o arrojo que estes homens tiveram em gerir o Fafe, mas muito contestada por outros, que entendem que faltam ali “cabelos brancos”, só o aspecto desportivo está estável na A.D. Fafe. Vejamos então; Temos os seniores que não ascenderam à fase seguinte, subida, mas continuarão com certeza no seu devido lugar, que é o Campeonato Nacional Sénior. Os juniores não subiram à primeira divisão nacional, mas estarão muito bem nos campeonatos nacionais da modalidade, segunda divisão. A restante formação, e é mais que muita, encontra-se toda a realizar trabalho meritório, por isso, reiteramos que o Fafe no que concerne à sua actividade desportiva está bem de saúde e recomenda-se.
Ao nível do futebol sénior e à sua estrutura profissional, não podemos de forma alguma e por muito que nos custe, deixar de lamentar profundamente o facto de a equipa principal não ter um massagista permanente nos treinos. Dói-nos muito, enquanto apaixonados pelo Fafe, ver por exemplo um jogador do plantel a prestar os “primeiros socorros” aos jogadores em pleno treino. Referimo-nos a Gil, que tem formação na área de fisioterapia. Isto porque o enfermeiro Heitor vai, quando vai, aos treinos e o fisioterapeuta apenas surge no final dos mesmos, quando surge. Meus amigos…isto nem no futebol popular se vê. Nem falamos no futebol distrital…
Já que falamos em “cabelos brancos”, foi de muito mau gosto o líder da Comissão Administrativa da A.D. Fafe não ter ido ao balneário falar com os jogadores antes do decisivo jogo Pedras Salgadas-Fafe. E pior ainda, como o Fafe empatou, voltou a não se deslocar ao balneário. Dizem-me os meus ensinamentos que tive no O.F.C. Antime durante quase 25 anos, que é nestes momentos que um líder deve dar a cara. Assumir! Dar força às suas “tropas”! Demonstrar solidariedade! Mas não foi assim e foi muito mal, porque os jogadores não foram protegidos por quem de direito!
Em suma, se os problemas do Fafe fossem meramente desportivos, o clube estava na ribalta!




Arões S.C. : O Arões Sport Club, é o clube do nosso concelho em maior ascensão desportiva há uns anos a esta parte. Estabilizou na extinta Divisão de Honra da A.F. Braga, para agora no Campeonato Pró-Nacional, mostrar todo o investimento que fez em termos desportivos em épocas anteriores. Recorde-se que já na temporada passada, o Arões teve um momento ímpar, com a sua ida ao Estádio Afonso Henriques, Guimarães, disputar a final da Taça A.F. Braga.
Em relação às suas infra-estruturas melhorou muito, desde a acessibilidade ao Campo de Jogos, passando pela construção e cobertura da bancada (meia), e claro está, no arrelvamento do recinto de jogo.
Relativamente à formação, o Arões S.C., a par da A.D. Fafe, é o clube que melhor trabalha. No Arões, temos oito equipas na formação, petizes, traquinas (duas equipas), benjamins, infantis, iniciados, juvenis e juniores! É portanto, uma secção que obriga a muita exigência da parte da Direcção, e dos seus Directores. Todos os escalões têm massagista e fisioterapeuta.
A esta ascensão meteórica do clube aronense, não pode ficar de forma alguma dissociado o nome de Pedro Castro, o Presidente da Direcção, que, mesmo sendo um vimaranense, “descobriu” no Arões S.C. o seu amor de clube, dotando-o a nível desportivo e estrutural como um dos melhores do nosso concelho.
Sabemos que no Arões S.C existe uma Direcção muito homogénea, daí não ser surpresa o nível a que o clube já se encontra no panorama futebolístico fafense.




G.D. Travassós: O G. D. de Travassós actua no Campo dos Carvalhinhos, de piso sintético, com uma bancada quase a todo o comprimento do recinto de jogo (descoberta).
Sabemos também, que o Travassós sofre na pele pelo facto das suas instalações ficarem distantes de tudo, inclusive, do centro da freguesia. O clube vem a pagar essa factura há uns tempos, mas tem sobrevivido a todos os “ataques”.
Artur Castro saiu da Presidência, mas substituiu-o no cargo o homem forte de toda a estrutura do G.D. Travassós, José Fernandes (Zeca).
Após a subida da equipa sénior à então Divisão de Honra, deu-se o meritório acesso ao Pró-Nacional, fazendo-nos recordar uma entrevista dada por Artur Castro ainda na Rádio Clube de Fafe, quando o Clube alinhava na 2.ª Divisão Distrital, em que dizia “Só deixarei o Travassós quando o clube estiver nos nacionais”. Isso não foi conseguido, é óbvio, mas o nome Nacional consta lá, porque a equipa actua no Pró-Nacional da A.F. Braga.
O G.D. Travassós, e lá está o factor instalações, não aposta muito na formação, tendo para além dos séniores, uma equipa de futebol de juniores federada na A.F. Braga.
No momento actual, José Fernandes é indubitavelmente o grande impulsionador do clube, apesar de trabalhar em França, mas conta com o apoio e a coordenação de outros Directores, nomeadamente Gil Soares, que o substitui com grande entrega e dinamismo.
O G.D. Travassós tem sido um clube apetecível para vários jogadores, maioritariamente de Guimarães, alguns inclusive ex-profissionais de futebol. A aposta do clube é a permanência na actual divisão, sendo uma das grandes prioridades também, a cobertura da bancada, ou parte dela.




G.C.D. Regadas: Este clube fafense foi a grande revelação de todo o futebol do nosso concelho na ápoca finda. Sem que ninguém acreditasse, a equipa foi até ao último jogo do campeonato da segunda divisão distrital a depender só de si, tendo vencido em Guilhofrei na última partida, que lhe deu acesso directo à Divisão de Honra, nos novos moldes.
Em termos estruturais, o Regadas é o parente pobre do futebol de Fafe. Possui o seu campo pelado, as Cerdeirinhas, um bom pelado, mas nada condizente com a divisão onde actua.
Em termos de melhoramentos nada foi feito para já, no entanto, sabemos que a Direcção liderada por “Zezé” tem em agenda várias obras para levar a cabo no seu recinto de jogo.
A nível de aficionados, é dos clubes de Fafe mais apoiados em casa e fora.
É amplamente justo aqui referir que, com as fracas condições que dispõe, comparadas com outros concorrentes, a sua equipa de futebol sénior tem tido um extraordinário comportamento, em casa e fora, sendo nesta altura a melhor classificada de Fafe na Divisão de Honra.
Com o seu campeonato “praticamente feito” ou seja, com a manutenção bem encaminhada, faltará agora ao Regadas passar dos papéis às obras, para dotar o seu espaço desportivo de outras condições e dar à formação (um bem essencial) condições para evoluir e praticar essencialmente desporto.




O.F.C. Antime: O Operário de Antime é, sem margem para dúvidas, a Instituição Desportiva do concelho de Fafe mais bem estruturada. Senão vejamos; O Parque Desportivo, com relva sintética e bancada nascente coberta, é sua propriedade. A Sede Social, com sala de reuniões, sala de troféus, secretaria, restaurante e balneários completamente novos, com posto médico, sala de recuperações, sauna e lavandaria, são sua propriedade. Ou seja, o Operário de Antime é por assim dizer, o clube com o activo mais sustentado, porque todas as instalações e recheio, são pertença do próprio clube.
A nível desportivo, o Antime foi a primeira colectividade de Fafe a chegar à extinta Divisão de Honra da A.F. Braga. Após isso, e porque as prioridades passaram a ser outras, as Direcções do Clube direccionaram totalmente a sua gestão para as infra-estruturas, “esquecendo” em parte a vertente desportiva.
Actualmente, e com a casa arrumada, o Antime voltou a focar-se novamente na vertente desportiva e tem tentado, ao de leve, subir ao Pró-Nacional. Isso vê-se pela aposta em jogadores experientes e muito cobiçados, nomeadamente na presente época.
A formação é também uma aposta forte, mesmo depois de terminado o protocolo com a Geração Benfica, nasceu a nova “Escola de Futebol Os Operários”. Aqui, o Operário tem nesta altura três escalões, Traquinas, Petizes e Benjamins. Falta se calhar ao clube avançar para uma equipa de Juniores, que possa vir a municiar a formação sénior.
O O.F.C. Antime tem a vantagem de manter a sua estrutura Directiva há muitos anos, mormente, os cargos de presidente e tesoureiro, Jorge e Lando Marinheiro, respectivamente.
Único senão que verificamos, parece ser um mal de muitos anos, é o facto do Parque Desportivo do Operário de Antime ser dos que menos público atrai aos jogos no concelho de Fafe.



A.C.D. Pica: O Pica é também uma colectividade do nosso concelho que tem umas luxuosas e práticas instalações. Com um relvado sintético, o Pica dispõe da melhor bancada coberta, com cadeiras, do concelho de Fafe, depois da A.D. Fafe, e de uns óptimos e eficientes balneários.
Sendo a única Instituição Desportiva do nosso concelho ligada a duas freguesia, Quinchães e S. Gens, ambas as freguesias estão de corpo e alma com o Clube.
Dirigida há quase duas décadas pelo carismático Presidente Francisco Oliveira (Chico da Pica), a Instituição tem pautado a sua conduta pela regularidade e estabilidade, quer desportiva, quer directiva.
A Academia de Futebol da ACD Pica é outro dos quadrantes de relevo, dispondo o Pica de quatro equipas; Traquinas, Benjamins, Sub-13 e Sub-17.
O Pica é também o único clube do nosso concelho que, há vários anos, tem um funcionário a tempo inteiro, Sr. Cândido, que trata de toda a indumentária para os jogadores se apresentarem nos jogos a preceito.
Desportivamente, o Pica tem como único objectivo para esta temporada, a manutenção na Divisão de Honra da A.F. Braga.




G.D. Silvares: O Carismático Clube de Silvares S. Martinho, é das colectividades mais antigas do nosso concelho, a par do Antime e do Cepanense. Foi também contemplado com um relvado sintético, mas ficam-se quase por aí as melhorias no Campo Professor Manuel José Dias, em Silvares.
O campo tem boas instalações para visionar futebol, na parte nascente, mas não dispõe de bancadas. Os balneários sofreram um pequeno melhoramento, mas já se tornam  insuficientes face à actual conjuntura.
Sendo uma Instituição por onde já passaram grandes nomes, quer em termos directivos, quer desportivos, o Silvares só tem de evoluir no futuro, para dar sequência ao tapete verde ali implantado.
A nível directivo tem sofrido algumas alterações, contudo, na hora surge sempre alguém para liderar os desígnios da Colectividade.
Isto em termos desportivos nem sempre é bom, veja-se a presente época, em que as outras equipas já treinavam e o Silvares ainda não tinha sequer jogadores.
Mas tudo tem solução, e a Direcção tudo tem feito para remediar o mal, tendo em vista o objectivo de permanecer na Divisão de Honra da A.F. Braga.
A nível de formação, o Silvares apresenta-se com a Academia de Futebol S. Martinho, onde tem apenas uma equipa de Sub-13. Depois da formação, o Silvares é ainda representado por uma equipa de Futsal de Veteranos, na AFP Fafe.






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