Em tempos de crise, analisamos
a actualidade dos clubes de futebol de Fafe e o seu nível estrutural…

A.D.
Fafe:
É indubitavelmente o clube mais representativo do nosso concelho.
Recordar-nos-emos por tempo indeterminado, dos grandes momentos de glória que a
cidade e o concelho de Fafe viveram à custa da A.D. Fafe.
A actualidade é bem
diferente. A passar por uma grave crise directiva e financeira, é uma Comissão
Administrativa, demasiado jovem, que gere os destinos do clube.
Aprovada por uns, que
reconhecem o arrojo que estes homens tiveram em gerir o Fafe, mas muito
contestada por outros, que entendem que faltam ali “cabelos brancos”, só o
aspecto desportivo está estável na A.D. Fafe. Vejamos então; Temos os seniores que
não ascenderam à fase seguinte, subida, mas continuarão com certeza no seu
devido lugar, que é o Campeonato Nacional Sénior. Os juniores não subiram à primeira
divisão nacional, mas estarão muito bem nos campeonatos nacionais da
modalidade, segunda divisão. A restante formação, e é mais que muita,
encontra-se toda a realizar trabalho meritório, por isso, reiteramos que o Fafe
no que concerne à sua actividade desportiva está bem de saúde e recomenda-se.
Ao nível do futebol sénior
e à sua estrutura profissional, não podemos de forma alguma e por muito que nos
custe, deixar de lamentar profundamente o facto de a equipa principal não ter
um massagista permanente nos treinos. Dói-nos muito, enquanto apaixonados pelo
Fafe, ver por exemplo um jogador do plantel a prestar os “primeiros socorros”
aos jogadores em pleno treino. Referimo-nos a Gil, que tem formação na área de
fisioterapia. Isto porque o enfermeiro Heitor vai, quando vai, aos treinos e o
fisioterapeuta apenas surge no final dos mesmos, quando surge. Meus amigos…isto
nem no futebol popular se vê. Nem falamos no futebol distrital…
Já que falamos em “cabelos
brancos”, foi de muito mau gosto o líder da Comissão Administrativa da A.D.
Fafe não ter ido ao balneário falar com os jogadores antes do decisivo jogo
Pedras Salgadas-Fafe. E pior ainda, como o Fafe empatou, voltou a não se
deslocar ao balneário. Dizem-me os meus ensinamentos que tive no O.F.C. Antime
durante quase 25 anos, que é nestes momentos que um líder deve dar a cara.
Assumir! Dar força às suas “tropas”! Demonstrar solidariedade! Mas não foi
assim e foi muito mal, porque os jogadores não foram protegidos por quem de
direito!
Em suma, se os problemas
do Fafe fossem meramente desportivos, o clube estava na ribalta!

Arões
S.C.
: O Arões Sport Club, é o clube do nosso concelho em maior ascensão desportiva
há uns anos a esta parte. Estabilizou na extinta Divisão de Honra da A.F. Braga,
para agora no Campeonato Pró-Nacional, mostrar todo o investimento que fez em
termos desportivos em épocas anteriores. Recorde-se que já na temporada
passada, o Arões teve um momento ímpar, com a sua ida ao Estádio Afonso
Henriques, Guimarães, disputar a final da Taça A.F. Braga.
Em relação às suas infra-estruturas
melhorou muito, desde a acessibilidade ao Campo de Jogos, passando pela
construção e cobertura da bancada (meia), e claro está, no arrelvamento do recinto de jogo.
Relativamente à formação,
o Arões S.C., a par da A.D. Fafe, é o clube que melhor trabalha. No Arões,
temos oito equipas na formação, petizes, traquinas (duas equipas), benjamins,
infantis, iniciados, juvenis e juniores! É portanto, uma secção que obriga a
muita exigência da parte da Direcção, e dos seus Directores. Todos os escalões
têm massagista e fisioterapeuta.
A esta ascensão meteórica
do clube aronense, não pode ficar de forma alguma dissociado o nome de Pedro
Castro, o Presidente da Direcção, que, mesmo sendo um vimaranense, “descobriu”
no Arões S.C. o seu amor de clube, dotando-o a nível desportivo e estrutural
como um dos melhores do nosso concelho.
Sabemos que no Arões S.C
existe uma Direcção muito homogénea, daí não ser surpresa o nível a que o clube
já se encontra no panorama futebolístico fafense.
G.D.
Travassós: O G. D. de Travassós actua no Campo dos Carvalhinhos,
de piso sintético, com uma bancada quase a todo o comprimento do recinto de
jogo (descoberta).
Sabemos também, que o
Travassós sofre na pele pelo facto das suas instalações ficarem distantes de
tudo, inclusive, do centro da freguesia. O clube vem a pagar essa factura há
uns tempos, mas tem sobrevivido a todos os “ataques”.
Artur Castro saiu da
Presidência, mas substituiu-o no cargo o homem forte de toda a estrutura do
G.D. Travassós, José Fernandes (Zeca).
Após a subida da equipa
sénior à então Divisão de Honra, deu-se o meritório acesso ao Pró-Nacional,
fazendo-nos recordar uma entrevista dada por Artur Castro ainda na Rádio Clube
de Fafe, quando o Clube alinhava na 2.ª Divisão Distrital, em que dizia “Só
deixarei o Travassós quando o clube estiver nos nacionais”. Isso não foi
conseguido, é óbvio, mas o nome Nacional consta lá, porque a equipa actua no
Pró-Nacional da A.F. Braga.
O G.D. Travassós, e lá
está o factor instalações, não aposta muito na formação, tendo para além dos
séniores, uma equipa de futebol de juniores federada na A.F. Braga.
No momento actual, José
Fernandes é indubitavelmente o grande impulsionador do clube, apesar de
trabalhar em França, mas conta com o apoio e a coordenação de outros
Directores, nomeadamente Gil Soares, que o substitui com grande entrega e
dinamismo.
O G.D. Travassós tem sido
um clube apetecível para vários jogadores, maioritariamente de Guimarães,
alguns inclusive ex-profissionais de futebol. A aposta do clube é a permanência
na actual divisão, sendo uma das grandes prioridades também, a cobertura da bancada, ou
parte dela.
G.C.D. Regadas: Este clube
fafense foi a grande revelação de todo o futebol do nosso concelho na ápoca
finda. Sem que ninguém acreditasse, a equipa foi até ao último jogo do
campeonato da segunda divisão distrital a depender só de si, tendo vencido em
Guilhofrei na última partida, que lhe deu acesso directo à Divisão de Honra,
nos novos moldes.
Em termos estruturais, o
Regadas é o parente pobre do futebol de Fafe. Possui o seu campo pelado, as
Cerdeirinhas, um bom pelado, mas nada condizente com a divisão onde actua.
Em termos de melhoramentos
nada foi feito para já, no entanto, sabemos que a Direcção liderada por “Zezé”
tem em agenda várias obras para levar a cabo no seu recinto de jogo.
A nível de aficionados, é
dos clubes de Fafe mais apoiados em casa e fora.
É amplamente justo aqui
referir que, com as fracas condições que dispõe, comparadas com outros
concorrentes, a sua equipa de futebol sénior tem tido um extraordinário
comportamento, em casa e fora, sendo nesta altura a melhor classificada de Fafe na
Divisão de Honra.
Com o seu campeonato “praticamente
feito” ou seja, com a manutenção bem encaminhada, faltará agora ao Regadas
passar dos papéis às obras, para dotar o seu espaço desportivo de outras
condições e dar à formação (um bem essencial) condições para evoluir e praticar
essencialmente desporto.
O.F.C.
Antime: O Operário de Antime é, sem margem para dúvidas, a Instituição
Desportiva do concelho de Fafe mais bem estruturada. Senão vejamos; O Parque
Desportivo, com relva sintética e bancada nascente coberta, é sua propriedade. A
Sede Social, com sala de reuniões, sala de troféus, secretaria, restaurante e
balneários completamente novos, com posto médico, sala de recuperações, sauna e lavandaria, são sua
propriedade. Ou seja, o Operário de Antime é por assim dizer, o clube com o
activo mais sustentado, porque todas as instalações e recheio, são pertença do próprio
clube.
A nível desportivo, o
Antime foi a primeira colectividade de Fafe a chegar à extinta Divisão de Honra
da A.F. Braga. Após isso, e porque as prioridades passaram a ser outras, as
Direcções do Clube direccionaram totalmente a sua gestão para as
infra-estruturas, “esquecendo” em parte a vertente desportiva.
Actualmente, e com a casa
arrumada, o Antime voltou a focar-se novamente na vertente desportiva e tem
tentado, ao de leve, subir ao Pró-Nacional. Isso vê-se pela aposta em jogadores
experientes e muito cobiçados, nomeadamente na presente época.
A formação é também uma
aposta forte, mesmo depois de terminado o protocolo com a Geração Benfica,
nasceu a nova “Escola de Futebol Os Operários”. Aqui, o Operário tem nesta
altura três escalões, Traquinas, Petizes e Benjamins. Falta se calhar ao clube
avançar para uma equipa de Juniores, que possa vir a municiar a formação
sénior.
O O.F.C. Antime tem a
vantagem de manter a sua estrutura Directiva há muitos anos, mormente, os
cargos de presidente e tesoureiro, Jorge e Lando Marinheiro, respectivamente.
Único senão que
verificamos, parece ser um mal de muitos anos, é o facto do Parque Desportivo
do Operário de Antime ser dos que menos público atrai aos jogos no concelho de
Fafe.
A.C.D.
Pica:
O Pica é também uma colectividade do nosso concelho que tem umas luxuosas e práticas
instalações. Com um relvado sintético, o Pica dispõe da melhor bancada coberta,
com cadeiras, do concelho de Fafe, depois da A.D. Fafe, e de uns óptimos e
eficientes balneários.
Sendo a única Instituição
Desportiva do nosso concelho ligada a duas freguesia, Quinchães e S. Gens,
ambas as freguesias estão de corpo e alma com o Clube.
Dirigida há quase duas
décadas pelo carismático Presidente Francisco Oliveira (Chico da Pica), a
Instituição tem pautado a sua conduta pela regularidade e estabilidade, quer
desportiva, quer directiva.
A Academia de Futebol da
ACD Pica é outro dos quadrantes de relevo, dispondo o Pica de quatro
equipas; Traquinas, Benjamins, Sub-13 e Sub-17.
O Pica é também o único
clube do nosso concelho que, há vários anos, tem um funcionário a tempo
inteiro, Sr. Cândido, que trata de toda a indumentária para os jogadores se
apresentarem nos jogos a preceito.
Desportivamente, o Pica
tem como único objectivo para esta temporada, a manutenção na Divisão de Honra
da A.F. Braga.
G.D.
Silvares: O Carismático Clube de Silvares S. Martinho, é das
colectividades mais antigas do nosso concelho, a par do Antime e do Cepanense.
Foi também contemplado com um relvado sintético, mas ficam-se quase por aí as
melhorias no Campo Professor Manuel José Dias, em Silvares.
O campo tem boas
instalações para visionar futebol, na parte nascente, mas não dispõe de bancadas. Os balneários sofreram um pequeno melhoramento, mas já se tornam insuficientes face à actual conjuntura.
Sendo uma Instituição por
onde já passaram grandes nomes, quer em termos directivos, quer desportivos, o
Silvares só tem de evoluir no futuro, para dar sequência ao tapete verde ali
implantado.
A nível directivo tem
sofrido algumas alterações, contudo, na hora surge sempre alguém para liderar
os desígnios da Colectividade.
Isto em termos desportivos
nem sempre é bom, veja-se a presente época, em que as outras equipas já
treinavam e o Silvares ainda não tinha sequer jogadores.
Mas tudo tem solução, e a
Direcção tudo tem feito para remediar o mal, tendo em vista o objectivo de
permanecer na Divisão de Honra da A.F. Braga.
A nível de formação, o
Silvares apresenta-se com a Academia de Futebol S. Martinho, onde tem apenas
uma equipa de Sub-13. Depois da formação, o Silvares é ainda representado por
uma equipa de Futsal de Veteranos, na AFP Fafe.
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