segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Ainda a detenção do antigo Presidente do G.D. Travassós. Leia o testemunho de um sócio do clube...


Redacção


Ainda sobre a detenção do antigo presidente do G.D. Travassós, Artur Castro, no final do jogo do passado sábado entre Travassós e Ronfe, um associado do emblema travassolista publica no Facebook do clube o seguinte texto que reproduzimos na íntegra;

DETENÇÃO VERGONHOSA DE ANTIGO PRESIDENTE DO GD TRAVASSÓS...

O MEU TESTEMUNHO:

A tarde de sábado foi preenchida com o jogo da 2ª Jornada entre o GD Travassós e o Desportivo de Ronfe. Um jogo sem incidentes, sem violência, sem problemas entre adeptos, como testemunham todos os presentes de ambos os clubes! 

O jogo decorria com alguns erros de arbitragem e, ao intervalo, o manifesto dos adeptos era visível no terraço dos balneários. Um deles era Artur Castro, antigo presidente, que naturalmente pelo amor que sente ao clube manifestou a sua indignação (como todos nós). Até aqui tudo normal. 

Mas um dos dois agentes que estavam no relvado (porque o terceiro ninguém o viu) focou-se no Artur com o olhar ameaçador. Não foi em mais ninguém, foi no Artur porque era a pessoa que ele reconhecia como, e passo a citar: “ o presidente do clube”. O Artur com o olhar intimidador perante ele, e de certeza pelos antecedentes entre ambos, começou a barafustar com o agente em modos menos próprios. Mas como ele mais gente se manifestou! Ele não foi o único! 

O Agente virou-se para ele e disse: “anda cá baixo”. De pronto o agente disse: “vou chamar duas patrulhas e o clube é que paga que ele é o presidente”. Logo foi corrigido que Artur Castro não era Presidente do GD Travassós.

Ora se o Artur Castro saísse do campo e o sr. Agente fosse ao posto e dissesse que foi o presidente do GD Travassós presumo que se deslocavam a casa de José Fernandes (presidente actual) para o identificarem e algemarem até ao posto. 

Artur Castro manteve-se até ao fim e as patrulhas chegaram e no final deslocaram-se até ao Artur para o algemarem e levarem ao posto da GNR de Fafe. Os modos como foi tratado pela GNR foram de uma arrogância e violência perante alguém que apenas se exprimiu verbalmente, apesar dos modos passarem limites de boa educação. Ao entrar no jipe algemado levou um tremendo empurrão (como prova o vídeo que tenho na minha posse) que o magoou nas costas. Ele estava algemado, daí ele ter dificuldades em entrar na viatura. O sr agente não percebeu isso e excedeu-se na força do empurrão!

Os adeptos ficaram espasmados com a situação: vingarem-se de uma pessoa (sim eu disse vingança) por antecedentes é uma vergonha para quem veste uma farda. Uma vergonha para quem está ali a ser pago com o esforço dos diretores e se o identificou como presidente deveria saber que “ele”, supostamente, lhe pagava metade do valor monetário para estar ali!

No final ainda disse á GNR : “ então identificam-no como presidente? Isso é um erro crasso” . Logo me disse que o Artur tinha sido mal-educado e que foi identificado como ex-presidente. Eu disse: “ sr. Agente você não é mais sério que eu. Se lhe digo que foram estas as palavras é porque foram.” O problema é que quem tinha farda era ele, e não eu! E disse mais: “isto é uma vingança.” 

O Artur Castro lá foi algemado como um criminoso perigoso. Empurrado para dentro do jipe. Uma vergonha. Se fosse num outro jogo de futebol ninguém ia preso. Se fossem agredidos em manifestações, ninguém ía preso. Por estar no futebol e ser intimidado (e perder a cabeça), porque nem sempre temos dias bons, um cidadão foi tratado como um animal. 

E está o Município de Fafe a criar condições para a GNR ter um destacamento! Para terem condições. Pois… e por causa de uma troca de palavras deslocam-se duas patrulhas. Um circo montado á porta do Campo dos Carvalhinhos e repito: não houve nem uma ponta de violência, a não ser como Artur Castro foi tratado!

Os adeptos de ambos os clubes, que tiveram um comportamento exemplar, no final manifestaram-se contra as forças policiais e perante esta situação! Foi uma (e repito) vergonha!

Até podem dizer que o Artur é sempre o mesmo, mas no sábado ele foi mais vítima que culpado!

Gil Soares, sócio nº 60.


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