Esta vitória não é minha, mas sim de
toda a gente!
Fafe irá honrar o seu nome na II
Liga…
“Foi efectivamente um dia para mais tarde recordar.
Neste jogo, eu para além dos 20 jogadores que
convoquei, tinha mais 20 ex-jogadores do Fafe.
É um trabalho de vários anos, sustentado, sendo o meu
maior prazer fazer com que estes jogadores possam actuar em ligas
profissionais, possam melhorar as suas vidas e sejam premiados por tudo aquilo
que têm feito.
Neste momento estou até algo sentimental, embora
esteja feliz, apesar de não o demonstrar.
Passei por momentos difíceis este ano, os meus
jogadores sempre me deram um grande apoio, todos os meus colaboradores sempre
fizeram um trabalho fantástico na minha ausência, os adeptos foram sempre
maravilhosos comigo.
Mais que a subida, eu não me esqueço daquilo que se
passou com o Pedras Rubras, por isso não me esqueço nunca dos adeptos da A.D.
Fafe, para eles o meu muito obrigado.
Quero também agradecer a esta Direcção, que sempre
confiou em mim, mesmo em momentos de grandes dificuldades na minha vida.
Agradecer também à minha família, que sofreu muito comigo, a minha mulher e os
meus filhos.
Eu sei que há muitas pessoas que dizem que esta
vitória é da minha responsabilidade, mas isso não corresponde à verdade.
Trata-se sim de uma vitória de todos, é dos atletas, é do clube, da Direcção
que tem feito um trabalho notável, é deste povo e deste concelho de Fafe.
Este êxito é também de muitos jogadores que não foram
utilizados, dado que contribuíram de forma extraordinária para que os
potenciais titulares estivessem sempre concentrados.
Não falamos ainda sobre o futuro. Apesar de eu estar
no Fafe há muitos anos, nós nunca falamos sobre o futuro, porque estive sempre
focado no momento actual. Estou sim ansioso por ver o Fafe a participar na II
Liga, também ansioso por ver jogadores a quem não foi reconhecido como devia o
seu valor, a participar na II Liga.
O Agostinho neste momento é uma pessoa muito feliz,
mas isso é o menos importante para a história do Fafe.
Estou efectivamente ligado à história do clube, tenho
24 anos de casa, entre a formação, dirigismo, jogador profissional, treinador,
director desportivo, eu já fiz de tudo neste clube. Tenho o Fafe no coração, é
um clube a quem agradeço muito, sobretudo por aquilo que sou como ser humano.
Desportivamente também fui feliz no Fafe, mas não foi aqui que ganhei o pouco
dinheiro que tenho, mas cresci muito como homem e tudo o que sou como treinador
e como ser humano eu devo ao Fafe.
Somos um clube que vive com muita dignidade, que vive
com dificuldades, mas é honrado.
De uma coisa eu tenho a certeza, o Fafe irá dignificar
o seu nome na II Liga do futebol profissional”, disse.
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