- Contas aprovadas por maioria
- SAD criada apenas por elementos da A.D. Fafe
- Campo n.º 2 vai ter bancada coberta
- Se não houver verbas suficientes é melhor o Fafe jogar no Campeonato de Portugal Prio
- Obras no estádio muito atrasadas
- Novos investidores na calha...
Decorreu esta quarta-feira uma Assembleia Geral Ordinária da
A.D. Fafe, que teve lugar no Teatro Cinema de Fafe e que contou com a presença
de mais de duas centenas de associados.
Em relação ao primeiro ponto da Ordem de Trabalhos
(relatório e contas), as mesmas foram aprovadas por maioria, apenas com uma
abstenção.
Relativamente a este ponto de discussão, ficou-se a saber
que o passivo actual da A.D. Fafe é de 528.219,57 €, existindo um saldo
positivo de 63.887,00 €, desaparecendo a dívida a Albino Salgado Pereira,
ex-Presidente do Clube, dívida essa que foi negociada pela Direcção presidida
por Jorge Fernandes com o credor e que jamais será reclamada.
Todas as dívidas referentes ao passivo estão a ser
formalmente negociadas e os seus planos de pagamento a ser cumpridos
integralmente. Isto no que respeita ao período entre 01 de Julho de 2015 a 30
Abril de 2016.
António José Silva, Presidente do Conselho Fiscal, anunciou entre outros, que o campo 2 irá ter cobertura na bancada para o próximo mês, com a colaboração da Norchapa, empresa de Fafe.
O segundo ponto da Ordem de Trabalhos consistia na discussão
e votação de uma Sociedade Anónima Desportiva.
Após a exposição da sua forma jurídica efectuada por
Domingos Alves, um causídico do Porto expert nestas matérias, houve vários
associados que se inscreveram para dissipar dúvidas.
Mas o que ficou decidido, o que foi altamente repisado, é
que esta SAD vai ser constituída apenas porque a A.D. Fafe subiu à II Liga do
futebol profissional e só desta forma pode competir neste escalão.
A Fafe SAD é totalmente composta por elementos da A.D. Fafe,
tendo o clube 99,80 % do seu capital social, fixado em 200.000,00 €.
Em suma, esta SAD foi, para já, a solução criada, para a
outorga da escritura que deverá ser entregue urgentemente na Liga de Clubes.
Com o Fafe a correr contra o tempo, a época arranca já a 1
de Julho, esta foi a solução mais célere para a criação da aludida SAD.
Para já não há investidores de fora do concelho, sendo
previsível que surjam no futuro, mas têm de ser credíveis e não gente
desonesta, como foi falado na reunião.
A SAD gerirá a carreira desportiva de todos os elementos ligados ao futebol profissional.
Jorge Fernandes disse que está a ver quais as receitas que vão
entrar no Fafe, mas se não forem as que espera, então é melhor dar um passo
atrás e voltar a jogar no Campeonato Prio. Vão ser necessários 800.000,00 €
para a época e ainda só tenho conhecimento que virão 180.000,00 € da Liga e das
transmissões televisivas, disse Jorge.
"Outro problema gravíssimo é o das obras no estádio, sei que
o Município vai ajudar, mas já é tarde. Por isso, teremos de efectuar três ou
quatro jogos fora de portas".
Quem gere o futebol é a SAD, podendo também a equipa de
juniores vir a ser incluída neste organismo.
Sempre que houver, se houver, algum investidor, terá de ser
apresentado em Assembleia Geral para o efeito.
Em
suma, a subida de divisão foi apaixonante para todas as pessoas do concelho de
Fafe e de outras espalhadas pelo mundo, mas o momento não é nada fácil. A SAD
foi votada por maioria absoluta, apenas um voto contra, mas a montanha pariu um rato, dado que
é formada ainda sem investidores e os associados esperavam ter visto os homens
dos milhões na Assembleia, mas nem vê-los.
Jorge
Fernandes insistiu que, se não reunir a verba necessária para que o Fafe seja
maioritário na SAD, deverá então vender acções a pessoas cotadas e com grande
poder financeiro, que garantam no mínimo a cobertura do passivo do Fafe.
Depois, se eles forem embora, como já aconteceu noutros emblemas, a A.D. Fafe fica pelo menos sem dívidas,
mas tem de recomeçar pela 1.ª Divisão da A.F. Braga até chegar ao actual
patamar.
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