segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Fafense Rui Rampa em Grande Entrevista; "O meu ídolo é o Cristiano Ronaldo"


Fonte: FUTEBOL ÉPICO


A página Futebol Épico continua na sua senda de entrevistas e, na de hoje, viajámos até ao Distrito de Vila Real, para entrevistarmos Rui Rampa, jogador de 27 anos do Juventude de Pedras Salgadas, a quem desde já agradeço a disponibilidade e a amabilidade em conceder esta entrevista.
FE – Olá Rui, fale-nos um pouco sobre o Juventude de Pedras Salgadas.
Olá, desde já saudar a página “Futebol Épico”, bem como todos os seus seguidores e agradecer esta oportunidade, com votos de muitos sucessos e crescimento.
RR – O Juventude de Pedras Salgadas é um clube com tradição pelos campeonatos nacionais, já que tem conseguido permanecer a este nível há uns bons anos. É um clube que representa uma vila, mas carregado de gente boa e muito humilde.
FE – O Juventude de Pedras Salgadas disputa a Serie A do Campeonato de Portugal. Quais são os objetivos do clube para esta temporada?

RR – Os objetivos do Pedras para esta temporada é conseguir, o mais rápido possível, a manutenção neste campeonato cada vez mais competitivo, sabendo que a luta será intensa até ao fim, mas conscientes que temos capacidade para atingir esse objetivo. Estamos também na Taça de Portugal e o objetivo é chegar o mais longe possível. Neste momento atingimos a 4.ª eliminatória, um feito histórico para o clube, que desde então nunca tinha chegado tão longe nesta competição.
FE – Neste momento, ao fim de 9 jornadas, o Juventude de Pedras Salgadas é 13.º classificado com 2 vitórias, 5 derrotas e 2 empates, com 8 golos marcados e 17 golos sofridos. Como viu estas 9 primeiras partidas da sua equipa?

RR – Tivemos um início de época difícil, tanto a nível de calendário, como de mexidas no plantel, como de resultados desportivos. Começamos o campeonato com 3 derrotas consecutivas e derrotas algo pesadas e sabíamos que tínhamos de mudar a nossa maneira de abordar os jogos e ser mais maduros. Contamos também com a entrada de alguns jogadores e recuperação de jogadores importantes que estavam aleijados e a equipa melhorou e está a melhorar. Estamos mais consistentes defensivamente e estamos a começar a amealhar pontos que é o mais importante. Neste momento estamos há 3 jogos seguidos para o campeonato sem sofrer golos, conseguimos 7 pontos nos últimos 3 jogos e isto só vem demonstrar a evolução que a equipa está a ter, porque esta equipa foi construída de raiz e toda a gente que anda no futebol sabe que é preciso tempo para os jogadores se adaptarem entre si e se adaptarem ao modelo do treinador. Tem de haver uma simbiose perfeita e nós estamos a trabalhar para atingir essa perfeição.
FE – Na oitava jornada o Rui ajudou a sua equipa a vencer o Cerveira por 0-1 e foi eleito para o melhor onze da semana. Fale nos um pouco sobre esse jogo (e a sua exibição) e o que sentiu ao ver o seu nome em destaque.
RR – Foi um jogo em que o destaque vai para o grupo. Foi um jogo de muita luta, muita entreajuda, foi um jogo para homens de garra e que fomos coroados com a vitória e 3 importantes pontos. O facto de ter sido eleito para o melhor onze da jornada só vem comprovar o que já referi, e só foi possível porque tive muita ajuda dos meus colegas.
Relativamente à minha exibição, tentei deixar tudo em campo como tento sempre, umas vezes melhor e outras pior, mas faz parte e consegui ajudar a equipa a ganhar, sem sofrer golos e isso sem dúvida é o mais importante.
Ver o nosso nome em destaque é sempre bom e gratificante. Quem não gosta de ver o seu trabalho reconhecido? Seria hipocrisia da minha parte desvalorizar isso, mas sobretudo prefiro “usar” este reconhecimento como uma forma de me motivar e trabalhar ainda mais, para continuarmos na senda das boas exibições e consequentemente bons resultados
FE – Na sua formação, o Rui deu os primeiros passos ao serviço do Desportivo Ases de São Jorge, tendo depois terminado a sua formação no Fafe. O que recorda desses tempos?

RR – Recordo esses tempos com muita alegria e saudade. Na formação aprendi a jogar e aprendi a ser Homem, cresci muito e com grande pessoas, com grandes treinadores, grandes diretores e grandes jogadores. Nos Ases de São Jorge tive a maior parte da minha formação, passei lá cerca de 6 ou 7 anos e no Fafe os últimos 3 anos de formação. Desportivamente os melhores anos foram no Fafe, onde fomos campeões da 1.ª divisão distrital de Juvenis e consequente subida aos campeonatos nacionais e em Juniores por 2 anos consecutivos disputamos a fase de subida para a 1.ª divisão nacional, onde por alguma infelicidade nunca conseguimos atingir esse patamar. Os Ases de São Jorge eu diria que foram a minha 2.ª casa, que viram crescer desde pequenino, até me abrirem os braços e me lançarem para outros campeonatos.
 
FE – Já como sénior representou clubes como Pica, Arões, Vieira e Maria da Fonte. Conte-nos como foi esse percurso.
RR – Um percurso sempre por clubes da Associação de Futebol de Braga, só este ano saí desse registo.
Foi um percurso sempre com os pés bem assentes na terra, onde a minha prioridade não era só o futebol, mas também os estudos.
O meu primeiro ano como sénior foi no Pica, um clube que disputa a 1.ª divisão distrital da AF Braga, um clube que me acolheu muito bem e o qual achei melhor para a minha integração no futebol sénior. Seguiram-se clubes da divisão Pró-Nacional da AF Braga, primeiro o Arões, no qual conseguimos uma subida de divisão para o, na altura denominado “Campeonato Nacional de Seniores”, depois segui para o Vieira onde fiz uma boa época, cumprindo quase todos os jogos da temporada e depois fui para o Maria da Fonte, onde tive uma lesão grave e não cumpri tantos jogos quanto gostaria. Depois tive a minha primeira experiência em campeonatos nacionais pelo Arões, em que o objetivo era a manutenção, mas devido a vários fatores não conseguimos e fomos relegados para os campeonatos distritais. Cumpri mais uma época no Arões e este ano rumei ao Pedras Salgadas.
FE – No futebol há sempre uma situação curiosa ou uma história para contar. Há algum episódio que tenha vivido que queira partilhar com os nossos seguidores?

RR – Existem sempre inúmeras histórias/brincadeiras/expressões no futebol. Recordo-me de uma época, em que no final dos treinos tínhamos sempre sumo para beber. Um dia, quando quase todos já tinham bebido, 2 ou 3 jogadores lembraram-se de juntar champô ao sumo e misturaram tudo para o próximo que fosse beber tivesse uma surpresa algo desagradável, porém para nosso infortúnio a pessoa que a seguir foi beber o sumo foi o nosso presidente. No treino seguinte levamos um raspanete dos grandes, e com razão, no entanto no seio do grupo a situação foi muito engraçada.
FE – O Rui é defesa central. Como se descreve enquanto jogador?

RR –  Considero-me um jogador algo rápido, com bom jogo aéreo, com capacidade de sofrimento e de muita luta. Procuro sempre ajudar os meus colegas, deixando tudo em campo por eles. O que me deixa mais satisfeito é ganhar sem sofrer golos.
FE – Na nossa Liga NOS, há algum defesa central em quem se reveja?

RR – Gosto muito do Rúben Dias, pelo espírito lutador e gosto muito do Mathieu, pela classe e pela sua tranquilidade.
FE – Qual seria o clube dos seus sonhos?

RR – Sporting Clube de Portugal
FE – Por fim, uma curiosidade: quem é o seu ídolo no mundo do futebol?

RR – O meu ídolo é o Cristiano Ronaldo, por tudo aquilo que trabalhou para chegar ao patamar que chegou. Um verdadeiro exemplo!!
Em meu nome pessoal e em nome dos seguidores da página Futebol Épico, agradeço a sua disponibilidade, desejando-lhe as maiores felicidades pessoais e profissionais!

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