A
página Futebol Épico continua na sua senda de entrevistas e, na de hoje,
viajámos até ao Distrito de Vila Real, para entrevistarmos Rui Rampa, jogador
de 27 anos do Juventude de Pedras Salgadas, a quem desde já agradeço a
disponibilidade e a amabilidade em conceder esta entrevista.
FE – Olá Rui, fale-nos um pouco sobre o Juventude de
Pedras Salgadas.
Olá,
desde já saudar a página “Futebol Épico”, bem como todos os seus seguidores e
agradecer esta oportunidade, com votos de muitos sucessos e crescimento.
RR
– O Juventude de Pedras Salgadas é um clube com tradição pelos campeonatos
nacionais, já que tem conseguido permanecer a este nível há uns bons anos. É um
clube que representa uma vila, mas carregado de gente boa e muito humilde.
FE – O Juventude de Pedras Salgadas disputa a Serie A
do Campeonato de Portugal. Quais são os objetivos do clube para esta temporada?
RR
– Os objetivos do Pedras para esta temporada é conseguir, o mais rápido
possível, a manutenção neste campeonato cada vez mais competitivo, sabendo que
a luta será intensa até ao fim, mas conscientes que temos capacidade para
atingir esse objetivo. Estamos também na Taça de Portugal e o objetivo é chegar
o mais longe possível. Neste momento atingimos a 4.ª eliminatória, um feito
histórico para o clube, que desde então nunca tinha chegado tão longe nesta
competição.
FE – Neste momento, ao fim de 9 jornadas, o Juventude
de Pedras Salgadas é 13.º classificado com 2 vitórias, 5 derrotas e 2 empates,
com 8 golos marcados e 17 golos sofridos. Como viu estas 9 primeiras partidas
da sua equipa?
RR
– Tivemos um início de época difícil, tanto a nível de calendário, como de
mexidas no plantel, como de resultados desportivos. Começamos o campeonato com
3 derrotas consecutivas e derrotas algo pesadas e sabíamos que tínhamos de
mudar a nossa maneira de abordar os jogos e ser mais maduros. Contamos também
com a entrada de alguns jogadores e recuperação de jogadores importantes que
estavam aleijados e a equipa melhorou e está a melhorar. Estamos mais consistentes
defensivamente e estamos a começar a amealhar pontos que é o mais importante.
Neste momento estamos há 3 jogos seguidos para o campeonato sem sofrer golos,
conseguimos 7 pontos nos últimos 3 jogos e isto só vem demonstrar a evolução
que a equipa está a ter, porque esta equipa foi construída de raiz e toda a
gente que anda no futebol sabe que é preciso tempo para os jogadores se
adaptarem entre si e se adaptarem ao modelo do treinador. Tem de haver uma
simbiose perfeita e nós estamos a trabalhar para atingir essa perfeição.
FE – Na oitava jornada o Rui ajudou a sua equipa a vencer o Cerveira por 0-1 e foi eleito para o melhor onze da semana. Fale nos um pouco sobre esse jogo (e a sua exibição) e o que sentiu ao ver o seu nome em destaque.
FE – Na oitava jornada o Rui ajudou a sua equipa a vencer o Cerveira por 0-1 e foi eleito para o melhor onze da semana. Fale nos um pouco sobre esse jogo (e a sua exibição) e o que sentiu ao ver o seu nome em destaque.
RR
– Foi um jogo em que o destaque vai para o grupo. Foi um jogo de muita luta,
muita entreajuda, foi um jogo para homens de garra e que fomos coroados com a
vitória e 3 importantes pontos. O facto de ter sido eleito para o melhor onze
da jornada só vem comprovar o que já referi, e só foi possível porque tive
muita ajuda dos meus colegas.
Relativamente
à minha exibição, tentei deixar tudo em campo como tento sempre, umas vezes
melhor e outras pior, mas faz parte e consegui ajudar a equipa a ganhar, sem
sofrer golos e isso sem dúvida é o mais importante.
Ver
o nosso nome em destaque é sempre bom e gratificante. Quem não gosta de ver o seu
trabalho reconhecido? Seria hipocrisia da minha parte desvalorizar isso, mas
sobretudo prefiro “usar” este reconhecimento como uma forma de me motivar e
trabalhar ainda mais, para continuarmos na senda das boas exibições e
consequentemente bons resultados
FE – Na sua formação, o Rui deu os primeiros passos ao
serviço do Desportivo Ases de São Jorge, tendo depois terminado a sua formação
no Fafe. O que recorda desses tempos?
RR
– Recordo esses tempos com muita alegria e saudade. Na formação aprendi a jogar
e aprendi a ser Homem, cresci muito e com grande pessoas, com grandes
treinadores, grandes diretores e grandes jogadores. Nos Ases de São Jorge tive
a maior parte da minha formação, passei lá cerca de 6 ou 7 anos e no Fafe os
últimos 3 anos de formação. Desportivamente os melhores anos foram no Fafe,
onde fomos campeões da 1.ª divisão distrital de Juvenis e consequente subida
aos campeonatos nacionais e em Juniores por 2 anos consecutivos disputamos a
fase de subida para a 1.ª divisão nacional, onde por alguma infelicidade nunca
conseguimos atingir esse patamar. Os Ases de São Jorge eu diria que foram a
minha 2.ª casa, que viram crescer desde pequenino, até me abrirem os braços e
me lançarem para outros campeonatos.
FE – Já como sénior representou clubes como Pica, Arões, Vieira e Maria da Fonte. Conte-nos como foi esse percurso.
FE – Já como sénior representou clubes como Pica, Arões, Vieira e Maria da Fonte. Conte-nos como foi esse percurso.
RR
– Um percurso sempre por clubes da Associação de Futebol de Braga, só este ano
saí desse registo.
Foi
um percurso sempre com os pés bem assentes na terra, onde a minha prioridade
não era só o futebol, mas também os estudos.
O
meu primeiro ano como sénior foi no Pica, um clube que disputa a 1.ª divisão
distrital da AF Braga, um clube que me acolheu muito bem e o qual achei melhor
para a minha integração no futebol sénior. Seguiram-se clubes da divisão
Pró-Nacional da AF Braga, primeiro o Arões, no qual conseguimos uma subida de
divisão para o, na altura denominado “Campeonato Nacional de Seniores”, depois
segui para o Vieira onde fiz uma boa época, cumprindo quase todos os jogos da
temporada e depois fui para o Maria da Fonte, onde tive uma lesão grave e não
cumpri tantos jogos quanto gostaria. Depois tive a minha primeira experiência
em campeonatos nacionais pelo Arões, em que o objetivo era a manutenção, mas
devido a vários fatores não conseguimos e fomos relegados para os campeonatos
distritais. Cumpri mais uma época no Arões e este ano rumei ao Pedras Salgadas.
FE – No futebol há sempre uma situação curiosa ou uma
história para contar. Há algum episódio que tenha vivido que queira partilhar
com os nossos seguidores?
RR
– Existem sempre inúmeras histórias/brincadeiras/expressões no futebol.
Recordo-me de uma época, em que no final dos treinos tínhamos sempre sumo para
beber. Um dia, quando quase todos já tinham bebido, 2 ou 3 jogadores
lembraram-se de juntar champô ao sumo e misturaram tudo para o próximo que
fosse beber tivesse uma surpresa algo desagradável, porém para nosso infortúnio
a pessoa que a seguir foi beber o sumo foi o nosso presidente. No treino
seguinte levamos um raspanete dos grandes, e com razão, no entanto no seio do
grupo a situação foi muito engraçada.
FE – O Rui é defesa central. Como se descreve enquanto
jogador?
RR
– Considero-me um jogador algo rápido, com bom jogo aéreo, com capacidade
de sofrimento e de muita luta. Procuro sempre ajudar os meus colegas, deixando
tudo em campo por eles. O que me deixa mais satisfeito é ganhar sem sofrer
golos.
FE – Na nossa Liga NOS, há algum defesa central em
quem se reveja?
RR
– Gosto muito do Rúben Dias, pelo espírito lutador e gosto muito do Mathieu,
pela classe e pela sua tranquilidade.
FE – Qual seria o clube dos seus sonhos?
RR
– Sporting Clube de Portugal
FE – Por fim, uma curiosidade: quem é o seu ídolo no
mundo do futebol?
RR
– O meu ídolo é o Cristiano Ronaldo, por tudo aquilo que trabalhou para chegar
ao patamar que chegou. Um verdadeiro exemplo!!
Em meu nome pessoal e em nome dos seguidores da página
Futebol Épico, agradeço a sua disponibilidade, desejando-lhe as maiores
felicidades pessoais e profissionais!
Se ainda não conhece este projeto que está a dar que
falar nas redes sociais, junte-se a nós no facebook em Futebol Épico.
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