Amaro Antunes venceu na Guarda
abraçado ao Camisola Amarela
Raúl
Alarcón e Amaro Antunes chegaram de braço dado à meta na Guarda a comemorar o
triunfo na etapa e a antecipar já os festejos finais da 79ª Volta a Portugal Santander Totta que termina esta terça-feira.
Na Etapa Rainha, que passou pela Torre e terminou na cidade mais alta de
Portugal, os homens da W52-FC Porto afastaram os principais adversários que
ainda aspiravam roubar a Camisola Amarela a Alarcón. Vicente Garcia de Mateos
(Louletano - Hospital de Loulé) e Rinaldo Nocentini, segundo e terceiro da
geral à partida, perderam quase cinco minutos.
Na
Guarda, Amaro Antunes incentivado por Raúl Alarcón, acabou por ficar como
vencedor do dia. “Foi incrível conseguir chegar com o Raúl! Sabíamos de início para o
que íamos, delineámos uma estratégia e cumprimo-la na perfeição. Não queríamos
correr o risco de chegar ao contra-relógio com os adversários por perto, por
isso o objetivo era alargar a distância”. A declaração do algarvio, que
venceu a primeira vez na Volta, sintetiza o que aconteceu ao longo dos 184
quilómetros da etapa iniciada na Lousã. “Ao contrário do que diziam, que a equipa
estava desorganizada, mostrámos que a união faz a força e conseguimos a margem
necessária para entrar da melhor forma na última etapa”, sublinhou
Amaro Antunes que subiu ao segundo lugar da classificação geral, a 31 segundos
do líder. Com a passagem em primeiro na Torre e a vitória em outras duas
contagens de montanha, Amaro assumiu a liderança da Camisola Azul Liberty Seguros e tornou-se já o “Rei dos
Trepadores”, uma vez que no contrarrelógio final não existem prémios de
montanha.
Montanha
dita a sentença
Esta
9.ª e penúltima etapa foi a mais montanhosa da edição da Volta a Portugal que
assinala os 90 anos da competição.
A
passagem pela Serra da Estrela, a 70 quilómetros da meta, desmembrou o grupo
que vinha em fuga e uma nova história começou a ser contada pela W52-FC Porto
com duas fases distintas.
Primeiro
Amaro Antunes e Ricardo Mestre tomaram conta da corrida para posicionar o
Camisola Amarela Raúl Alarcón na dianteira. Pouco depois era Gustavo Velosoo
protagonista devido a uma quebra de rendimento que o deixou para trás.
Na
descida para Manteigas, o trio azul e branco tinha por companhia o líder da
juventude, Krists Neilands (Israel CyclingAcademy), cuja prestação lhe valeu o Prémio
da Combatividade Conselheiros da Visão e dificilmente deixará escapar a Camisola Branca RTP até ao fim da
prova.
No
grupo perseguidor seguiam os favoritos Vicente Garcia de Mateos
(Louletano-Hospital de Loulé) e Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira) que nos
últimos quilómetros, ao invés de diminuírem, aumentaram consecutivamente a
desvantagem para a frente da corrida, deitando por terra qualquer esperança de
vitória na Volta. Vale ao espanhol da equipa de Loulé a liderança de pedra e
cal na classificação por pontos, Camisola
Verde Rubis Gás.
Assistiram
e estiveram no pódio da Guarda o Secretário de Estado do Desporto e Juventude,
João Paulo Rebelo, e a Secretária de Estado da Ciência e Ensino Superior,
Fernanda Rollo, entidades que, entre outras, se associaram a uma iniciativa da
Federação Portuguesa de Ciclismo que serviu para assinalar os 90 anos da Volta
a Portugal em Bicicleta.
10ª Etapa – 15 agosto 2017
Viseu – Viseu (CRI) - 20,3 km
Hora de Partida do primeiro corredor – Gotzon Udondo
(Euskadi) - 14h51.
Hora de Partida do último corredor – Raúl Alarcón
(W52-FCPorto) - 16h53.
Falta a etapa de
Viseu para terminar a Volta. Esta terça-feira, 15 de agosto, o ciclismo
associa-se aos grandes festejos de S. Mateus para o Grande Final da 79.ª Volta
a Portugal Santander Totta.
A derradeira etapa,
um contra-relógio individual, tem pouco mais de 20 quilómetros com partida e
chegada à Avenida da Europa.
Será o contra-relógio
mais curto dos últimos anos.
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