Das alegações apresentadas por Jorge Ferreira, o CJ deu-lhe razão numa: a incompatibilidade de Paulo Costa, vice-presidente da Secção Não-Profissional do CA e irmão do árbitro Rui Costa (que ‘concorria’ com Jorge Ferreira) num "grupo de assessores que emitiu pareceres técnicos que serviram de suporte às classificações".
O CJ concordou que Paulo Costa "estava impedido de intervir em processos em que tivesse interesse o seu irmão Rui Costa". Por isso, e de acordo com a Secção de Classificações, até saía da sala "quando estava em causa a apreciação de vídeos relativos a arbitragens efetuadas pelo seu irmão". Mas o CJ considerou que o "impedimento não se restringia" a estes jogos, pois Rui Costa "tem interesse na generalidade das classificações", "inclusivamente nas cinco situações em que foi alterada a classificação" de Jorge Ferreira.
Esta incompatibilidade não se aplicaria caso o CA tivesse provado que não houve qualquer prejuízo para Jorge Ferreira da participação de Paulo Costa nas referidas reuniões, mas o CJ diz que não havia "qualquer documento do CA que contenha os teores dos pareceres emitidos pelos assessores".
Ora, conforme garantiram a Record, a Secção de Classificações tinha mesmo esse registo e usou-o para reavaliar a nota de Jorge Ferreira. Dos cinco jogos em causa, foi retirada a opinião de Paulo Costa sobre os diversos lances; houve mudanças na avaliação em três partidas, o que levou à tal subida de 4 milésimos na nota final.
0 comments:
Enviar um comentário