Foi uma honra para mim ter treinado o GCD Regadas, ter sido o treinador que esteve na estreia do fantástico relvado, um acontecimento único que fica para sempre na história do clube.
Ando no futebol alguns anos. Tenho a minha forma de trabalhar, tenho as minhas ideologias e métodos, sou um treinador que privilegia amizade com os atletas mas simultaneamente exigente, porque se esta característica não for colocada em prática num grupo de trabalho as coisas não funcionam.
Infelizmente as minhas ideias e concepção do que é o futebol, do que deve ser uma equipa que quer subir de divisão, com ambição, com muito trabalho, com muita humildade e com muita determinação e fundamentalmente rigor, não foram bem aceites. Tentei alterar as coisas de uma forma saudável, que servisse tudo e todos, mas senti desde muito cedo que não teria a mínima hipótese de concretizar.
Para bem do GCD Regadas, um clube que tem já um bonito historial, para bem da Direcção, dos adeptos e associados que são fantásticos e para bem dos jogadores, decidi interromper a minha ligação ao clube, porque quando não podemos exprimir as nossas ideias e convicções, é óbvio que nos sentimos a mais e a condição psicológica bem como a liberdade de expressão de uma equipa técnica ficam naturalmente afectadas.
Termino, dizendo que foi um prazer ter passado pelo, um clube que tem tudo para evoluir e competir em divisões superiores.