terça-feira, 28 de maio de 2013

Já disponível AQUI a entrevista com Vítor Pacheco (ex-Treinador do G.D. Silvares)


FafeDesportivo à conversa com Vítor Pacheco (ex-Treinador do G.D. Silvares)

  • Não faltam treinadores e jogadores interessados em representar o Silvares.

  • Desde muito cedo que ambiciono uma vida ligada ao futebol.

  • Quero atingir patamares que não consegui como jogador.

  • Orgulho-me dos clubes que representei.

  • Gostava que Felgueiras seguisse o exemplo de Fafe.

  • O Francisco Castro terá muito sucesso na sua carreira de treinador.

  • Por enquanto sou um treinador disponível.

  • Tenho de agradecer à minha esposa, que me atura nas más disposições.

 

Por: Abel Castro


FafeDesportivo: Vítor Pacheco, veio para o Silvares, manteve o clube na 1.º divisão, e nesta época consegue o 3.º lugar e a consequente subida de divisão. Fale-nos, apenas em termos desportivos, destas duas épocas no G.D. Silvares…
Vítor Pacheco: Em termos desportivos penso que o balanço é extremamente positivo, foram duas épocas onde o Silvares andou sempre entre os primeiros classificados, onde conseguimos o respeito e admiração de todos os adversários. No primeiro ano tivemos de construir uma equipa completamente nova, apenas três jogadores transitaram do plantel anterior, tivemos a condicionante de só em Outubro termos campo para jogar e treinar uma vez que o nosso estava em obras de colocação do sintético, e mesmo assim conseguimos uma época completamente tranquila, passando a maior parte do tempo nos primeiros cinco lugares. Neste último ano as coisas foram planeadas com tempo e penso que fizemos uma época muito boa, chegamos à penúltima jornada com hipóteses de chegar ainda ao 1º lugar o que por si só diz do trabalho que fizemos! O Silvares é um grande clube, um clube com um rico passado, mas não estarei muito enganado se disser que quando cheguei ao clube este vivia um dos períodos mais negros da sua história, o que valoriza ainda mais o trabalho desenvolvido!
 
FafeDesportivo: Ingressou no clube numa fase difícil. Não teve receio de assumir o risco? É um homem sem medo?
Vítor Pacheco: Quando acreditamos no trabalho que fazemos o receio não existe. O risco está intimamente ligado à profissão de treinador, quem tiver medo ou receio não pode ser treinador de futebol! Quando começamos a construir o plantel na primeira época não tivemos tarefa fácil, convencer os jogadores a fazerem parte de um projecto num clube que nos últimos anos não tinha honrado os seus compromissos foi uma árdua tarefa, felizmente consegui rodear-me de jogadores sérios e competentes, que acreditaram no meu trabalho e na seriedade das pessoas que acabavam de tomar conta do clube. Felizmente tudo correu bem, e hoje não faltam jogadores e treinadores interessados em representar o Silvares, a recuperação da credibilidade do clube e a sua colocação em elevados patamares de rendimento desportivo foram as maiores conquistas nestes dois anos.
FafeDesportivo: Iniciou a sua carreira de treinador muito cedo, numa altura em que jogava futebol. Sentia já nessa altura que era uma personalidade talhada para orientar?
Vítor Pacheco: O fascínio pelo futebol, e neste caso específico pelo treino vem desde sempre, enquanto jogador sempre tive a curiosidade de tentar perceber o porquê de se fazer determinados exercícios, não apenas fazê-los mas entender a sua utilidade, rentabilidade. Desde muito cedo que ambiciono uma vida ligada ao futebol, um mundo que me encanta, me fascina, me realiza!
FafeDesportivo: Obviamente as pessoas, sócios adeptos e dirigentes, só terão de enaltecer o seu extraordinário trabalho. Mas não acha precipitada a sua saída, mesmo sabendo que a sua Direcção termina o mandato, mas pode continuar. Não o seduziria por exemplo tentar mais uma época no Silvares, para tentar bater um record, que foi a ida do clube às meias-finais da Taça A.F. Braga?
Vítor Pacheco: A decisão de abandonar o Silvares no final da presente época já foi tomada há algum tempo, e comunicada ao presidente nessa mesma altura, apenas foi tornada publica agora porque o clube estava na luta pelos primeiros lugares e era importante manter o foco e a concentração, apenas nisso. Se tivéssemos por exemplo ficado em 1º lugar sairia na mesma, a decisão estava tomada independentemente do que conseguíssemos em termos desportivos. Quando sentes que dificilmente terás condições de fazer mais, que os objectivos do clube não se enquadram com aqueles que defendes e idealizas o melhor é sair e procurar algo que vá de encontro ao que pretendes. Nunca fez parte de mim estar nos projectos por estar, ou estou com objectivos, ambições ou prefiro não estar. Conseguimos esta época a segunda melhor classificação do Silvares na última década, pelo menos dos registos que tenho conhecimento, apenas superada pelo título que conseguiu, salvo o erro, em 2008/2009. Não que este 3º seja um feito extraordinário, muito menos que me deixe realizado, mas atendendo aos objectivos que o clube tinha e à difícil realidade que enfrente, é algo que me deixa feliz e orgulhoso.      
FafeDesportivo: Sabemos que é muito rigoroso na análise aos jogos, já o era enquanto jogador, porque acompanhamos o seu percurso no Antime. Os jogadores da distrital, enquanto amadores, estão preparados para ouvir palestras, e visualizar e interpretar esquemas de jogos tipo futebol profissional?
Vítor Pacheco: Cada vez mais se trabalha bem no futebol distrital e a prova disso é por exemplo o que aconteceu este ano com o Olhanense, que não teve receio de apostar num treinador do distrital para enfrentar três jogos decisivos na luta pela manutenção no principal escalão do futebol português. Quantos clubes do futebol profissional não se reforçam com jogadores de escalões inferiores?! E não é apenas pela difícil conjuntura económica do país que o fazem, mas sim porque sabem que nos escalões secundários há muita gente com qualidade, à espera apenas de uma oportunidade para provar que tem tanto ou mais valor que os que lá estão. Defendo que devemos trabalhar da mesma forma quer estejamos no futebol distrital ou no profissional, a diferença está nas condições que tens para treinar e nos meios que colocam à tua disposição. Os meus jogos são preparados ao pormenor, não descurando o que quer que seja, os jogadores sabem por exemplo qual a posição que devem ocupar nas bola paradas, sabem qual a sua missão, responsabilidade neste tipo de lances, não ocupam a posição que querem ou lhes apetece, há a responsabilização. Pela experiência que tenho os jogadores gostam e aceitam bem esta forma de trabalhar, sentem que este é o caminho para evoluírem e darem o seu tempo por bem entregue, se temos que fazer há que procurar fazer bem! O tempo em que os jogadores de futebol eram vistos como pessoas com poucas capacidades intelectuais, que apenas tinham jeito para jogar futebol, há muito está ultrapassado, os jogadores são cada vez mais inteligentes, procuram cada vez mais entender o jogo e tudo o que o rodeia, o que exige cada vez mais dos treinadores, não basta fazer, tens de saber o que fazes e transmitir segurança, caso contrário não conseguirás que acreditem no teu trabalho. Se ambicionamos estar entre os melhores, temos que trabalhar como os melhores!

FafeDesportivo: Sente-se melhor enquanto treinador, ou ex-jogador de futebol ?

Vítor Pacheco: Prefiro que sejam os outros a fazer essa análise, o que sinto é que gostaria de atingir enquanto treinador patamares que nunca fui capaz de atingir enquanto jogador.
FafeDesportivo: O Silvares andou até perto do final do campeonato a “morder os calcanhares” aos candidatos à subida. O que falhou para subir de divisão?
Vítor Pacheco: Numa análise fria e realista, os pontos que perdemos com os últimos classificados seriam suficientes para ficarmos em primeiro lugar, no entanto nada posso apontar aos jogadores, pois foram sempre sérios na abordagem aos jogos, a motivação das equipas que estão no fundo da tabela quando jogam com as que estão no topo é enorme, se calhar em alguns desses jogos não conseguimos igualar essa motivação e isso custou-nos caro. Não é fácil ser campeão num clube que não tem essa ambição, onde as pessoas que gerem os seus destinos não estão focadas nesse objectivo, penso que se esse fosse o objectivo do clube e todos tivessem trabalhado em prol dele teria sido alcançado.
FafeDesportivo: Costumam transitar consigo jogadores que bem conhece. Preparado para pegar numa equipa sem nenhum atleta do actual plantel?
Vítor Pacheco: Quando saí de Antime nenhum jogador do denominado núcleo duro que se refere transitou comigo, vieram apenas comigo as dispensas, aqueles que o Antime não convidou a ficar, só este ano consegui trazer alguns que queria, não foi por isso que deixamos de fazer um bom campeonato no primeiro ano. No primeiro ano num plantel de 23 jogadores apenas 4/5 tinham trabalho comigo, todos os outros não conhecia. Este ano por exemplo o jogador mais utilizado do Silvares foi o Salgado, um jogador que não conhecia, nunca tinha sequer visto, que fomos buscar porque precisávamos de um central e nos deram boas referências dele. Existem de facto alguns jogadores que pela sua enorme qualidade enquanto seres humanos exemplares e futebolistas de elevado rendimento serão sempre primeiras opções em projectos que eu faça parte. Todos os treinadores procuram ter os melhores do seu lado, mas quando não é possível temos que estar preparados e rentabilizar ao máximo os que estão connosco, não tenho qualquer problema com isso!

 
FafeDesportivo: Toda a gente ligada ao futebol tem conhecimento do seu sportinguismo. Sabemos que é observador do Sporting Clube de Portugal. Tem apontado alguns talentos ao clube lisboeta?
Vítor Pacheco: Felizmente o trabalho que tenho feito nessa área tem corrido muito bem, no início de 2012 fui promovido, passando a ser um trabalhador assalariado do clube, faço actualmente parte dos observadores residentes, sinal que as pessoas estão satisfeitas com o meu trabalho.
FafeDesportivo: Apesar das suas habilitações como técnico lhe darem acesso a outros campeonatos, é no futebol distrital que sente bem, ou pretende dar o salto, sendo que ainda é jovem, 32 anos?
Vítor Pacheco: Como disse anteriormente tenho como principal objectivo conseguir alcançar como treinador patamares muito superiores aos que consegui como jogador. Trabalho diariamente na expectativa de conseguir evoluir em termos qualitativos, sou jovem ainda, sei que este é um mundo muito competitivo em que as oportunidades nem sempre surgem. Neste momento a minha realidade é esta, orgulho-me dos clubes que representei, se a oportunidade de treinar divisões superiores surgir estarei preparado e tudo farei para aproveitar essa oportunidade!
 
FafeDesportivo: Vai continuar a treinar no concelho de Fafe? Sabe que Fafe dá visibilidade aos treinadores…
Vítor Pacheco: Essa é uma pergunta para a qual não tenho resposta, treinei dois clubes em Fafe e foi um enorme orgulho representar ambos. Existem grandes clubes em Fafe, todos os treinadores gostariam de representar grandes clubes, mas neste momento não tenho qualquer proposta, logo não sei por onde passará o meu futuro.
FafeDesportivo: Diga-nos qual foi o seu maior triunfo desportivo?
Vítor Pacheco: Enquanto treinador ainda não conquistei qualquer título, espero poder abraçar projectos que me permitam fazê-lo. Enquanto jogador o título de campeão de juniores pelo Futebol Clube de Felgueiras, inédito no clube, que o levou pela primeira vez aos campeonatos nacionais foi o mais marcante.
FafeDesportivo: Não acreditamos que tal aconteça. Mas vamos imaginar. Consegue ficar um ano sem fazer uma das coisas que mais gosta na vida, treinar uma equipa de futebol?
Vítor Pacheco: Também espero que isso não aconteça, mas temos de estar preparados para todos os cenários, o mercado dos treinadores é muito vasto e competitivo e estar no activo não depende apenas da nossa vontade, por isso temos que estar sempre preparados, na certeza que se acontecer saberei esperar por nova oportunidade.
FafeDesportivo: Sendo um felgueirense de gema, natural e residente em Várzea, quem é para si o melhor clube do concelho de Fafe?
Vítor Pacheco: Não seria justo estar a enumerar um, até porque por dentro apenas conheço a realidade de dois. Existem grandes clubes, que neste momento dispõem de condições físicas de excelência que permitirão que atinjam ainda níveis superiores! E nesse aspecto presto aqui a minha homenagem à Câmara Municipal de Fafe pelo excelente trabalho feito, um exemplo a ser seguido por muitos municípios, ficaria muito satisfeito se o município de Felgueiras seguisse o exemplo. Fafe está neste momento na linha da frente no que diz respeito às condições para os seus jovens praticarem desporto, nomeadamente o futebol que é do que estamos a falar.  
FafeDesportivo: Agora que terminou o campeonato, permita-nos que lhe pergunte; que análise faz ao trabalho do seu ex-adjunto Francisco Castro, no Antime. Apenas lhe formulamos esta questão por se tratar do seu adjunto, nada de confusões…
 
Vítor Pacheco: Não me compete a mim analisar o trabalho do Francisco no Antime, nem seria justo fazê-lo, o Antime tem dentro da sua estrutura pessoas muito competentes, se o convidaram a continuar no clube é porque lhe reconhecem qualidade e estão satisfeitos com o trabalho desenvolvido. A mim não me surpreende que o tenham feito, pois reconheço muita competência ao Francisco, como amigo pessoal dele fico muito contente, não tenho duvidas que terá muito sucesso na sua carreira de treinador! 
FafeDesportivo: O seu telefone já tocou? Existe algum projeto na manga?
Vítor Pacheco: Não, por enquanto ainda não tenho nada.
FafeDesportivo: A nossa conversa já vai longa, apesar de ser sempre um prazer falar consigo. Quer deixar alguma mensagem, agradecimento, recado, para alguém?
Vítor Pacheco: Antes de mais agradecer a forma sempre simpática e cordial com que me trata, dar os parabéns pelo trabalho que tem desenvolvido, espero que o faça por muitos e bons anos, pois divulga e valoriza quem no desporto em geral e de Fafe em particular, trabalha. Os meus agradecimentos vão em primeiro lugar para a minha esposa, pelo apoio que sempre me dá, pela paciência que demonstra em aturar as minhas más disposições, pelo acompanhamento e incentivo constante. Depois agradecer a todos os que me têm acompanhado neste trajecto, todos contribuíram de forma decisiva para o meu desenvolvimento enquanto treinador, principalmente aos jogadores, é muito gratificante sentir que apreciam o meu trabalho e tudo fazem para que o mesmo dê frutos, estarei eternamente grato a todos pelo que me deram! Aos meus colaboradores Sérgio e David, obrigado pela lealdade, dedicação e competência demonstradas, foram uma indiscutível mais-valia, o futuro terá reservado algo de bom para nós!

 

 

 

 

 

domingo, 26 de maio de 2013

Sorteio de Futebol 7 do Arões S.C.


Realizou-se esta tarde o sorteio do Torneio de Futebol de 7 | VETERANOS do ARÕES sport clube. O sorteio decorreu com a presença de quase todos os representantes das 8 equipas participantes. Contrariamente ao ano transato, o torneio não se realizara por grupos, mas sim, com as 8 equipas a disputarem um campeonato.

Os quatro primeiros classificados apuram-se para os “playoffs” de onde sairão os 2 finalistas, que se defrontarão na final do torneio.

Dia 28 Terça-feira | 1ª jornada

21H00 . Geração Benfica x Cepanense

22H00 . Pastelaria Refugium x Amigos de Travassós

Liga Futsal: Sol Poente é o Campeão da temporada 2012/13


Por: AFF
Sol Poente campeão 2012/13

Longo reinado do Stº Ovídio foi quebrado

Jogo fantástico, com muito público
Sol Poente voltou a ser feliz nas grandes penalidades

Futsal/Taça do Minho: Agora importa vencer am Airão para disputar a Final! : Grupo Nun'Álvares, 2 - Fundação J. Antunes, 1


Futsal/Taça do Minho

Grupo Nun’Álvares, 2 – Fundação Jorge Antunes, 1

Agora importa vencer em Airão para ir à Final !

Belinha, quase intransponível, efectuou uma excelente exibição
 

Texto e fotos: Abel Castro

Este jogo entre duas equipas que se conhecem bem, o Grupo voltou a sentir dificuldades para levar de vencida a formação vizelense.

Entraram melhor na partida as visitantes, e aos 15 minutos a guarda-redes Belinha defendeu com segurança um penalti a favor da Fundação.

Depois coube a Rafaela colocar de novo à prova Belinha, num remate forte e que levava boa direcção.

O Nun’Álvares respondeu e equilibrou o jogo.


 


Aos 13 minutos as fafenses adiantaram-se no marcador, depois de um primeiro remate de Kelly ao poste, e na “retoma” Ana não perdoou e fez o 1-0.

Já com o Grupo a dominar a partida, Mariana levou a bola com estrondo ao poste perto do intervalo.

Na segunda metade a equipa de Vizela entrou forte, e ao segundo minuto Liliana Silva rematou forte e rasteiro sem hipóteses de defesa para Belinha, empatando o jogo.

Mas as meninas de João Nuno Sousa voltaram a demonstrar o seu real valor, e aos 38 minutos Pisco foi derrubada em lance para penalti não assinalado.

A mesma jogadora no minuto seguinte enviou a bola à barra da baliza de Liliana.

Sempre a dominar, falyava ao Nun’Álvares apenas o golo.

Aos 55’ Kelly falhou, ao segundo poste, aquele que seria o 2-1.



No minuto imediato o Grupo beneficiou de um livre directo a cerca de dois metros da área, tendo Joana executado de forma soberba, forte e rasteiro, com a bola a entrar junto ao poste esquerdo de Liliana.

Ainda tentaram as visitantes, mas quem poderia ter marcado novo golo foi Cátia, numa “bomba” ao poste, no último minuto.

Com esta preciosa vitória, o Grupo Nun’Álvares saltou para as meias-finais, que serão disputadas no próximo sábado perante um adversário nada convidativo, o Airão.

Mas, se as atletas mantiverem a concentração e força patenteada neste jogo, é bem provável que possam fazer mossa no próximo adversário. Assim seja!

 

Jogo no Pavilhão do Grupo Nun’Álvares, em Fafe
GNA: Belinha, Vera, Ana (1), Mariana, Ju, Cindy, Maria, Joana (1), Kelly, Pisco e Cátia.

Treinador: João Nuno Sousa.

FJA: Liliana, Rafaela, Marlena, Helena, Andreia, Sofia, Letícia, Liliana Silva (1), Filipa, Flávia, Sara e Solange:
Treinadora: Estela Torres.


Declarações:
João Nuno Sousa (Treinador do GNA)


 

"Queremos vencer a Taça do Minho"

“Sim de facto já defrontamos esta equipa e nunca conseguimos vencer com facilidade. Os resultados costumam ser sempre muito equilibrados. Mas as minhas atletas sabiam disso, actuaram concentradas mesmo depois de estar em desvantagem, e isso valeu-nos uma vitória que eu considero justa. Agora que passamos os quartos-de-final, vamos ter de enfrentar o Airão, a minha equipa preferida, onde vamos tentar um resultado positivos para vencermos esta Taça do Minho”

 

sábado, 25 de maio de 2013

Madeira SAD, 31 - A.C. Fafe, 35 (Andebol fez história ao terminar o Campeonato Nacional no 8.º lugar!

Madeira SAD, 31 - A.C. Fafe, 35

Classificação histórica! 2.º no Grupo e oitavos na classificação Nacional!

 

Texto e foto: Abel Castro

O Andebol Clube de Fafe venceu o Madeira Sad por 35-31, e terminou em autêntica beleza esta Fase de Manutenção.

A equipa provou mais uma vez o seu real valor, bem patenteado nesta Fase, alicercado em exibições convincentes e seguras.

Ao intervalo o resultado ditava uma vantagem para os insulares de 14-12, mas a "locomotica" Eduardo Sampaio voltou a funcionar, ao juntar à sua conta pessoal mais oito golos. Cláudio Mota e Luís Nunes "facturaram" por sete vezes também, e Pedro Peneda, numa casa quem bem conhece, apontou seis.

Refira-se quem em 10 jogos disputados na Fase de Manutenção, a equipa de Nuno Santos venceu sete!

É caso para nos interrogar-mos...E se o Campeonato começasse agora!? 

Juvenis 2.ª Divisão/Série C : G.D. Vasco da Gama, 1 - A.D. Fafe, 2 (Triunfo no dérbi não deu para ser Campeões)


Campeonato Distrital Juvenis B-2.ª Divisão/Série C

G.D. Vasco da Gama, 1 – A.D. Fafe, 2

Triunfo no dérbi não bastou para o Fafe ser campeão

 - Esse título pertence ao Joane que venceu a Oliveirense 2-0

Texto e fotos: Abel Castro
 
 

O dérbi entre o Vasco da Gama de Medelo e a associação Desportiva de Fafe terminou com uma vitória da equipa orientada por Mario Bi por duas bolas a uma.
Marcou primeiro a equipa de Hélder Oliveira, técnico da casa, quando Ivo aos três minutos fez o primeiro golo num remate cruzado vindo da direita do seu ataque.

O Fafe respondeu de imediato, dispondo de dois cantos. Ao 17’ Lousada, que viria a ser o homem do jogo, marcou os dois golos, avisou que a sua equipa estava perto do empate ao atirar ligeiramente por cima do travessão.
O mesmo jogador ao minuto 24 fez o golo da igualdade. Num remate por si efectuado, Duarte foi forçado a uma defesa de recurso, tendo o dianteiro do Fafe, na recarga, enviado para o fundo da baliza.

Na refrega do golo, Toni viu o cartão vermelho, ficando o Vasco da Gama a jogar com 10.

Na segunda metade a equipa de Medelo entrou melhor nos instantes iniciais, quando benificou de dois cantos consecutivos.

Não se notava grande coisa o facto de o Fafe jogar com mais um, e o Vasco acreditava ser possível operar a reviravolta.
Decorrido um quarto de hora da segunda metade, a A.D. Fafe reequilibrou, e Scolari teve boa chance de aumentar num remate de cabeça que saiu um tudo-nada ao lado da baliza de Duarte.
Aos 57 minutos, Lousada atirou de muito longe, com o seu pé de eleição, esquerdo, e surpreendeu Vasco que, certamente não contava com o remate repentino do avançado da A.D. Fafe, tendo a bola entrado na baliza junto ao seu poste direito.
 
Aos 64 o Vasco da Gama por pouco não igualou. Cavaco saiu da baliza, terá tropeçado antes de segurar a bola que não segurou, e Tiago não aproveitou para colocar o resultado em 2-2. Na sequência do lance Cavaco saiu lesionado, entrando para o seu lugar Rui, muito ovacionado.
Nos últimos instantes os Medelenses ainda fizeram um forcing para chegar de novo à igualdade, mas quem falhou o terceiro golo foi Scolari quando, “na cara” de Duarte atirou para excelente defesa deste.
Com os ouvidos em Sta. Maria de Oliveira, onde jogava o Joane, fomos sabendo do evoluir do resultado, que foi durante muito tempo de 1-0, mas os joanenses perto do final fizeram o segundo golo e sagraram-se campeões.
Os juvenis da A.D. Fafe manifestaram alguma mágoa e tristeza quando souberam o resultado, contudo alguém lhes disse, e bem, para “não se esqueceram” que também tinham subido de divisão. Aí celebraram e até deram autógrafos a algumas fãs que os aguardavam à porta dos balneários.

À…grandes CRAQUES!!!

Jogo no Campo José Manuel O. Rodrigues, em Medelo

Árbitro: Gualter Castro auxiliado por Marco Silva e José Freitas

G.D.V. Gama: Duarte, Toni, Samuel, Nuno, Guidi, Flávio (Miguel 41), Filipe, Rui, Ricardo (Baixinho 75), Ivo (Tiago 59) e Gonçalves.

Treinador: Hélder Oliveira

A.D. Fafe: Cavaco (Rui 66), Ferreira, Costa, Mario, Rui M, João Pedro (Pedro Silva 55), João Pedro, Ricardo, Zé Castro, Lousada, Scolari e Xico (kiko 70).

Treinador: Mário BI


Declarações:
Hélder Oliveira (Treinador do Vasco da Gama)




"Arbitragem inclinou para o Fafe"

"Em primeiro lugar quero dar os parabéns ao Fafe pela subida. Em relação a este jogo penso que não fomos em nada inferiores, pelo contrário, a jogar com 10, mostramos que não somos inferiores a equipas que ficaram melhor classificadas que nós. A arbitragem esteve um pouco inclinada para o Fafe. A nossa ideia é para manter a aposta na formação, porque como hoje ficou demonstrado, acho que vale a pena dar continuidade a este excelente trabalho no Vasco da Gama".




 

 Mário BI (Treinador da A.D. Fafe)



"Fomos dignos até ao último minuto"

"Lutamos até ao final na tentativa de sermos campeões. Isso não aconteceu, mas fomos dignos, honramos a nossa camisola, e resta-nos dar os parabéns aos vencedores, embora pense que o título de campeões nos assentasse melhor. Neste jogo vencemos um bom adversário, que também tem bons jogadores, mas o campo criou algumas dificuldades à minha equipa. Terminamos o campeonato subindo de divisão, mas tivemos de sofrer durante a época. Defrontamos muitos adversários com campos como este, totalmente diferente daquele onde trabalhamos durante a semana, e isso valoriza ainda mais a nossa classificação. Os jogadores ficaram um pouco tristes no final ao ter conhecimento que o Joane tinha vencido, mas depois de um abraço entre todos voltou a felicidade e o sabor da nossa subida".

 

 

1.ª Divisão Distrital: Agrup. Sta Cristina, 1 - C.R.P. Delães, 5 : Honra e muito brio para os Homens de Santa Cristina



Texto e foto: Abel Castro

Teve lugar o final de uma época de sofrimento para o Agrupamento de Santa Cristina.

A equipa de Marcelo Fernandes, com os poucos recursos que teve ao longo da época, e perante uma desigualdade tremenda comparativamente às outras equipas que compunham a sua série, recorde-se que o Agrupamento fez a pré época no próprio campeonato, vê assim terminado o seu sofrido campeonato.

Resta saber se, outras equipas nestas condições, que por vezes levavam 12/13 jogadores para os jogos, conseguiriam ir até ao termo do campeonato com a dignidade dos homens de Santa Cristina.

Este jogo já pertence à história, foi apenas o último, em que o Agrupamento ao intervalo perdia 2-0.

Na segunda metade os famalicenses chegaram aos cinco golos, mas Paulão quis deixar o seu registo com um golo de belo efeito.

Agora é tempo de descanso, mas nunca pode ser um tempo exagerado pois, como se diz na gíria e é verdade, mal acaba um campeonato deve começar-se a pensar imediatamente no seguinte.

 

 

1.ª Divisão Distrital: O.F.C. Antime, 6 - U.D.C. Santo Adrião, 0 : Autêntico Recital de Futebol!



Texto e Foto: Abel Castro

Na última jornada do campeonato o Antime deu um recital de futebol de ataque e qualidade de jogo terminando da melhor forma o campeonato.

A exemplo do que fez em muitos jogos o Antime entrou forte cm uma dinâmica muito boa com uma excelente circulação de bola e ao mesmo tempo uma organização forte e capaz para não deixar o adversário criar perigo na sua baliza.

Com uma entrada em jogo assim, naturalmente as oportunidades foram surgindo em catadupa. Jonas foi o primeiro abrir o livro e a criar logo uma situação de golo, o mesmo jogador a seguir em grande jogada individual foi derrubado dentro da área e Raul converteu o castigo máximo.

Depois deste golo apareceu Brokinha do lado contrário a dar recital com excelentes jogadas com Vitinha ,Patocas e  Brokinha a abrirem o livro na direita do ataque e Jonas em zona de finalizaçao a falhar escandalosamente o golo por três vezes e mais tarde depois de duas boas jogadas Celso a fazer o mesmo.

Brokinha, Jonas, Patocas, Brokinha novamente, Lucas e André , deram cor ao resultado e mais alguns que não entraram.

Jogo perfeito do Operário de Antime não dando hipóteses ao adversário e demonstrando que se não houvesse fatores extra futebol a decidir os jogos, certamente alguns resultados seriam outros.

Fim de época com um verdadeiro recital de qualidade de futebol do Operário.

 

 

1.ª Divisão Distrital A.F. Braga: G.D. Silvares, 0 - G.D. Louro, 1: Lugar excelente no Pódio!


Texto e Foto: Abel Castro

O Silvares despediu-se do seu campeonato com uma imprevisível derrota, mas mesmo assim, com direito a um lugar no pódio, o que não deixa de ser considerado excelente, face ao duro e exigente campeonato que teve de disputar.

Entrou melhor na partida a equipa de Vítor Pacheco, supremacia que durou cerca de 15 minutos.

Depois coube ao Louro o domínio do jogo até 10 minutos da primeira metade.

Aos 45 minutos Teles não teve com o seu remate, uma vez que a bola foi direitinha ao poste da baliza adversária.

Numa segunda parte onde pairou o equilíbrio, o Louro numa das raras ocasiões que teve, fez o golo que lhe garantiria a soma dos três pontos.

Este resultado, tal como iniciamos esta peça, não deslustra o excelente campeonato realizado pelo Grupo Desportivo de Silvares.

A.D. Fafe: Passivo do clube ronda um milhão de euros: Assembleia Eleitoral adiada para 31 de Maio


Texto e fotos: Abel Castro

O Relatório e Contas do exercício referente ao Biénio 2011/13 foi aprovado por maioria (quatro abstenções), mesmo depois da Mesa da Assembleia Geral informar os associados, numa questão colocada pelo associado Adriano Fernandes, que o passivo da A.D. Fafe ronda neste momento um milhão de euros, estando incluídos neste montante 503.000 €uros de processos em contencioso e ainda a dívida ao actual Presidente, Albino Salgado, no valor de 359.850 €uros.

 

Por três propostas apresentadas na mesa e colocadas à votação, os associados da A.D. Fafe aprovaram por unanimidade a atribuição do estatuto de Sócios Beneméritos do clube; Intermaché de Fafe na qualidade de Pessoa Colectiva, o seu sócio-gerente Raul Correia, como pessoa singular, e a Câmara Municipal de Fafe

Por não ter surgido nenhuma lista a sufrágio, Ribeiro Cardoso, Presidente da Assembleia Geral, agendou nova reunião para a próxima sexta feira, dia 31 de Maio, à mesma hora


Mais detalhes em breve....

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Fafense Carlos Condeço é o novo treinador do Santa Clara (Açores)


Fafense Carlos Condeço é o novo treinador do Santa Clara (Açores)

Por: Jornal a Bola

O Professor Carlos Condeço foi esta sexta-feira anunciado oficialmente como treinador do Santa Clara para a nova época, sucedendo no cargo a Luís Miguel.

 

Com 43 anos, Carlos Condeço atualmente sem trabalhar, depois de passagens por Fafe e União da Madeira, registando ainda passagens por Varzim e Rio Ave como treinador adjunto.

 

Através de comunicado, a Direção do clube salienta que Carlos Condenço possui conjunto de competências consideradas fundamentais para ajudar a levar a cabo uma reestruturação da área do futebol profissional, tendo como objetivos, para além de uma melhoria dos resultados desportivos, a otimização do trabalho técnico a realizar na avaliação, evolução e valorização dos nossos jogadores, onde também, e logicamente, se incluem com particular atenção, os atletas açorianos.

 

FafeDesportivo deseja ao treinador fafense os maiores êxitos, neste seu saudado regresso ao futebol profissional.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Domingo: RALLY CIDADE DE FAFE 2013

Juniores do Travassós são chapa quatro!



Texto e foto: Gil Soares
Os juniores do G.D. Travassós, receberam e venceram a formação do Cabeceirense, num jogo emotivo, típico de final de época, em que as duas equipas lutaram por um resultado positivo.
 
Num encontro com claro domínio dos rapazes comandados por Armando Costa, mas com uma oposição aguerrida da equipa cabeceirense. O Travassós inaugurou o marcador aos 35 minutos, por Luís Carvalho, garantindo uma vantagem que chegou até ao tempo de descanso. Aos 67’ o Cabeceirense empatou, numa fase do encontro em que o Travassós dominava. Stucka, estavam decorridos 75 minutos, deu, novamente, vantagem no marcador após passe de Miguel, com o avançado a ter só de encostar. Aos 86’ o Cabeceirense empatou, levando o Travassós a ter de acelerar e, em período de descontos, surgiram os golos que deram, e confirmaram, a vitória, tendo sido marcados por David Gonçalves e o último por David Pereira. A equipa fez um jogo descontraído, mas o susto obrigou a um esforço suplementar e só nos descontos o triunfo foi selado, num resultado meritório.

 

Uma lição de Desportivismo...



quarta-feira, 22 de maio de 2013

Já disponível a GRANDE ENTREVISTA com o Professor Ivo Castro (Coordenador do Departamento de Formação da A.D. Fafe)


FafeDesportivo à conversa com Ivo Castro, Coordenador do departamento de futebol de formação da A.D. Fafe
 
  • Sinto gozo nos resultados conquistados
  • Os meus parabéns para o Miguel Paredes
  • Os meus jogadores nunca tinham competido num campeonato nacional
  • Tornou-se fácil criticar, mesmo não construtivamente
  • Fico grato ao "Mister" Agostinho Bento
  • As equipas B construídas com atletas de primeiro ano foram uma aposta ganha.
  • A próxima época está a ser trabalhada, fique, ou não, no clube.
  • Assumir um projecto sénior não, mas fazer parte dele, sim.
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FafeDesportivo: Professor Ivo Castro, quando chegou à A.D. Fafe para coordenar o departamento de formação, como encontrou esse sector, na sua globalidade?

Texto e Fotos: Abel Castro
Ivo Castro: Bem, temos de nos colocar na realidade do clube ao longo dos últimos anos, uma pessoa que acompanhe as camadas jovens do clube sabe que as condições de trabalho não eram as melhores. É de aplaudir o trabalho realizado pela maioria dos técnicos ao longo dos anos. No entanto, um departamento de formação não se resume apenas e só aos treinos e condições de treino, todas as outras componentes podiam e deviam estar melhores. Não podemos chegar a um departamento de formação com a dimensão da ADFafe e encontrar no seu interior vários “clubes”, o clube dos Juniores o clube dos Juvenis, o clube do Iniciados etc… foi nítida a falta de verticalidade na pedagogia e na metodologia da formação. Foi um iniciar de algumas das componentes, como por exemplo, a criação de uma base de dados que nos vai permitir conhecer o percurso dos atletas ao longo dos anos, os relatórios de analise estatística de todos os jogos, os relatórios mensais dos técnicos e departamento médico, a criação de um regulamento interno e um disciplinar bem como a sua implementação. Documentos disponíveis para a consulta de qualquer encarregado de educação ou associado.
São assuntos que levariam a uma conversa muito longa, sintetizo com, o termos de ser exigentes connosco e não podemos simplesmente deixar andar as coisas, na formação não podemos pensar ano a ano, penso que isso atrasou a formação do nosso clube comparativamente ao patamar já atingido por outros do distrito.
FafeDesportivo: É um treinador vocacionado para esta área específica, ou foi o convite do Fafe que o seduziu a aceitar tão importante cargo numa estrutura desportiva?
Ivo Castro: A formação específica que possuo nesta área bem como o conhecimento que já tinha da realidade deste departamento de futebol juvenil foram talvez as principais razões que me fizeram aceitar o convite a ADFafe. Senti que mesmo sendo jovem podia acrescentar valor ao clube numa fase em que a ADFafe apostava num novo ciclo. Entreguei-me a este projeto e não me arrependo, confesso que, mesmo sabendo que ainda existe muito trabalho a realizar, fica neste final de época um certo gozo nos obstáculos já ultrapassados.
FafeDesportivo: As pessoas gostam de saber. Quantos atletas e técnicos tem, ou teve nesta época que ainda não terminou, a A.D. Fafe nos escalões de formação?
Ivo Castro: Neste momento o departamento de futebol juvenil é um dos maiores do distrito, é composto por vinte e um treinadores, repartidos dois por equipa e sem esquecer os dois técnicos de guarda-redes. Técnicos que, quase na sua totalidade são detentores de formação superior, e já experientes nos campeonatos que disputaram. Um fisioterapeuta, um enfermeiro e 6 massagistas.
Fatores que ajudam na qualidade de um departamento de futebol juvenil composto por 240 atletas distribuídos por onze equipas, sendo nove delas federadas e duas de recriação. Condições que mais nenhum clube do conselho aufere.  
FafeDesportivo: A si coube-lhe uma pesada herança. Na época que o antecedeu, o então responsável Miguel Paredes, tinha efetuado um bom trabalho…
Ivo Castro: Sim sem dúvida, o Miguel é uma pessoa com alguns anos na formação em que conquistou o respeito dos fafenses pelo trabalho realizado principalmente ao serviço dos juniores. E aqui ficam os meus parabéns pela época que conseguiu no Arões, em conjunto com o Prof. Ricardo Cunha. Mas seria injusto da minha parte não ir ao seu antecessor, Prof. Tenev, isto porque foi quem conseguiu subir os juniores á atual divisão nacional e quem pela primeira vez manteve uma equipa da formação nessa divisão, período em que tive o gosto de ser seu adjunto.
FafeDesportivo: Sabemos que a equipa que orientou no campo, os juniores, partiram para o campeonato nacional da 2.ª divisão maioritariamente com jogadores de primeiro ano. Os inícios foram difíceis…
Ivo Castro: Não, não foram difíceis. Foram trabalhosos, apesar de ser uma equipa jovem, com quinze atletas de primeiro ano, sempre mostraram capacidade de trabalho desde o primeiro dia. Não tenho nada a apontar nesse aspeto aos atletas. Os resultados obtidos na primeira fase não podem ser confundidos com a falta de trabalho destes. Trabalharam muito desde o primeiro dia e valorizaram as suas conquistas. Não podemos é esquecer a especificidade deste grupo de trabalho, bem como o que se irá juntar a eles provenientes dos juvenis A. São os únicos que não passaram por equipas B, ou seja, tiveram fases da sua maturação como atletas em que não tiveram a possibilidade de realizar tantos jogos, perdendo mais possibilidades de evoluírem. Bem como o facto de nunca terem competido em campeonatos de nível nacional, participando apenas em campeonatos da divisão de honra e alguns da segunda distrital. Eles ousaram e foram compensados.
FafeDesportivo: Concorda quando algum, ou alguns  adeptos, crucificaram a sua equipa dizendo, decorria ainda a quarta jornada da fase inicial, que a mesma tinha batido no fundo? Não lhe parece extremamente prematuro as pessoas terem uma opinião tão drástica, tão pessimista, quando a sua equipa levava apenas quatro jogos efectuados?
Ivo Castro: Sim considero, até porque não se preocuparam em informar-se da realidade. Mas também compreendo que a mudança para um treinador, ainda considerado jovem, provocou uma desconfiança que ajudou nesse aspeto. Tornou-se fácil criticar, mesmo não construtivamente, quando não conhecemos as pessoas e o seu trabalho. Mas nós equipa, aprendemos a tirar lições de tudo o que nos aconteceu e espero que essas pessoas também. Não creio que existam adeptos que simplesmente queiram o mal de alguma equipa da ADF, devem é compreender como ajudar, o bem da ADF ajudará a todos.
FafeDesportivo: A má classificação no campeonato, levou a A.D. Fafe para uma fase de manutenção. Aí, a equipa transfigurou-se completamente, chegando a obter resultados surpreendentes, reforçados com algumas exibições fantásticas. Onde esteve o segredo?
Ivo Castro: Não existe nenhum, como referi anteriormente desde o primeiro ao último dia os atletas trabalharam muito. Apesar de os resultados quantitativos dos jogos não serem positivos, foram atletas de elite, não faltaram a nenhum treino, mesmo lesionados estavam lá, dia após dia prontos a trabalhar mais, não tiveram feriados nem férias. No entanto os atletas deram sempre a cara á luta pelos seus objetivos porque acreditavam, que os resultados iam aparecer.
FafeDesportivo: Alguns dos seus atletas foram chamados ao plantel sénior. O que sentiu nessas alturas?
Ivo Castro: O objetivo do departamento de futebol juvenil é a formação de atletas para a equipa sénior e faz parte do seu crescimento enquanto juniores passarem por essa experiencia. Felizmente o clube dispõe de uma equipa técnica no plantel sénior que consegue aliar as suas necessidades enquanto equipa profissional com as necessidades de crescimento dos atletas da formação. Fico grato ao Mister Agostinho Bento pelo que nos ajudou e pela sua disponibilidade.
FafeDesportivo: O balanço da época parece-nos muito positivo. Infantis campeões, juvenis B subiram de divisão e podem tornar-se campeões, e os juniores permanecem nos campeonatos nacionais. Podia ser feito mais alguma coisa noutros escalões?
Ivo Castro: Se simplesmente procurássemos resultados quantitativos, sim. Podíamos ter subido a equipa B de iniciados que apesar de ter realizado um campeonato fantástico, sendo atletas de primeiro ano num escalão em que a componente física tem maior relevância, se tivéssemos colocado atletas da equipa A acredito que teríamos subido, mas até que ponto seria positivo a nível futuro para os atletas que não iam jogar, que não iam passar pelos jogos mais complicados? O mesmo aconteceu nos escalões de infantis B e Benjamins. Acredito que para o clube no presente teria sido um ex-libris de resultados. Mas penso que fizemos a escolha certa, pensamos na evolução dos atletas.
FafeDesportivo: Quantas horas gasta por dia um Coordenador do departamento de formação de um clube de futebol?
Ivo Castro: Quando se entrega a um projeto que sentimos como nosso, quando estamos motivados e acreditamos, quando somos ambiciosos, são efetivamente muitas horas de trabalho por dia, (Observação, logística e metodologia de treino e jogos, interligação entre clube e encarregados de educação, analise de relatórios, inscrições, tratamento de dados estatísticos, definição de estratégias, planos de atividades definição de estratégias de curto médio e longo prazo, avaliação de desempenhos, reuniões etc…) e tem que se estar disponível 24h por dia.
FafeDesportivo: Existem boas bases para a próxima época. Juniores mais experientes, nos Juvenis vamos ter uma grande concorrência, já que o escalão B “apanhou” o escalão A, já existente, e os Infantis foram campeões. Como se vai organizar esta relação qualidade/quantidade?
Ivo Castro: Organizar quantidade quando existe qualidade é mais fácil. Essa qualidade surge da aposta que fizemos na formação, na adoção de novas medidas, como a existência de equipa B no escalão de juvenis, como a de todas as equipas B serem constituídas apenas e só de atletas de 1º ano, medida que penso que já deveria estar imposta desde a criação da primeira equipa B. Mas seremos realistas, são novos campeonatos, a exigência vai aumentar e os atletas terão de saber dar uma boa resposta. Temos de subir as nossas equipas A aos nacionais, de forma a subir o nível de exigência, não podemos esperar que os atletas saltem dos distritais para uma divisão nacional apenas na ultima fase da sua formação e consigam bons resultados.
FafeDesportivo: Estamos em período eleitoral no clube. Pensa dar continuidade ao seu trabalho? Ou ainda não foi abordado?
Ivo Castro: No sentido do que disse anteriormente, quem trabalha na formação não pode trabalhar em função desses períodos. Pessoalmente penso que esses períodos no caso da formação deveriam ser alargados. Nesta linha, a próxima época está a ser preparada independentemente se estarei cá ou não. Serve de conforto que se sair com certeza que o meu sucessor encontrará um departamento com bases para crescer diferente do que encontrei.
FafeDesportivo: Sabemos que o sintético veio solucionar muitos dos problemas, nomeadamente no que concerne a espaço para treinos. Acha que é suficiente?
Ivo Castro: O sintético veio ajudar, solucionar não. É simples as nossas equipas exigem neste momento 37 horas semanais efetivas de treino. Sendo que todos os atletas estudam os treinos apenas podem iniciar às 18:45, e terminam por volta das 21:30. Dá um período semanal de cerca de 12horas e meia por semana de disponibilidade do sintético. Tirem as vossas conclusões. Sendo que temos definidas algumas estratégias em conjunto com os treinadores que tem ajudado a otimizar a sua utilização. Sim é verdade que temos campos de apoio, campos pelados que nos têm sido muito uteis quer pela força da necessidade quer pelas estratégias de ensino, mas as necessidades competitivas exigiam mais. Fica o exemplo dos escalões de juniores, juvenis e iniciados que raramente poderem treinar em campo inteiro. Isso tem influência na formação dos atletas.
FafeDesportivo: Vamos lançar-lhe um “desafio” final. Se o Professor Ivo Castro fosse convidado para treinar uma equipa sénior, com aspirações, aceitava? Sente-se preparado?
Ivo Castro: Pergunta ingrata, porque acredito no trabalho que estamos a iniciar e sei que os frutos vão aparecer e nada como estar presente para desfrutar. Assumir projetos de escalões séniores não, não me sinto preparado. Mas fazer parte deles não excluo. Não escondo de ninguém o meu lado ambicioso, mas sou jovem tenho muita vontade de aprender e se for com os melhores…
FafeDesportivo: Este espaço foi e é, todo seu. Pretende deixar algum agradecimento, ou reconhecimento para alguém?
 
Ivo Castro: É óbvio, em primeiro, dar os parabéns aos 240 atletas, treinadores, massagistas, diretores e funcionários do nosso departamento de futebol juvenil por esta época. Somos Fafe e só assim venceremos. 
Agradecer ao Vice-Presidente Jorge Fernandes pelo voto de confiança, por acreditar e estar sempre presente junto do nosso departamento.
Um reconhecimento para o Prof. Nuno Alves, adjunto de uma época de muito trabalho e animador nos momentos mais difíceis. Ao Fisioterapeuta Patrício, sofredor da nossa luta.
E um louvor ao Sr. Joaquim braço direito na logística do nosso departamento, homem que vive para o clube que tanto ama.