Texto / Fotos: Ricardo Castro.
Jogo realizado no Parque Desportivo de Arões
Árbitro: Gaspar Fernandes, auxiliado por Pedro Pinto e Tiago Mendes (AF Braga).
ARÕES SC: João Nunes, Marcos, Fernando Beijinhos (cap.), Nandinho, Zezinho, Néné, Agostinho (André, 74’), Pablo, Bruno Cunha (Pedro Rosita, 86’), Filipe (Gustinho, 67’) e Zézé.
Treinador: Miguel Paredes.
ÁGUIAS DA GRAÇA: Malhão, David, Roque, António, Quinteiro, Hernâni (cap.) (Palheiras, 62’), Moreira, Afonso, Belela (Tiaguinho, 59’), Goody e Semelhe (Rogério, 71’).
Treinador: Bé Palheiras.
Disciplina – cartões amarelos a: Zézé, 20’, Belela, 20’, Goody, 21’, Néné, 40’, Marquinhos, 53’, Rogério, 83’, Pablo, 88’, João Nunes, 90’.
Marcador: Filipe, 21’.
João Nunes segurou obra de Filipe
Filipe decidiu. João Nunes segurou. O Arões venceu pela margem mínima o Águias da Graça e continua na luta pelos primeiros lugares da Pró-Nacional. De livre direto, o avançado fez o único golo da partida. E o guardião salvou a vantagem nos últimos minutos, ao defender uma grande penalidade.
A vitória do Arões prova que, na falta de muitas oportunidades de golo, os lances de bola parada podem ser decisivos. Ou não fossem uma especialidade e só ao alcance da maior habilidade e frieza de alguns.
E foram esses dois atributos que deram ao Arões a vantagem. Filipe sofreu falta à entrada da área, pegou na bola e colocou-a com calma no solo. Ao apito do árbitro, concentrado, fez a bola passar por cima da barreira em arco, bem puxada ao canto superior da baliza. Malhão esticou-se todo. Nessa altura, já Filipe fazia a festa do golo com os seus colegas. Aos 21 minutos, o marcador sofria a única alteração do jogo.
Antes disso, o jogo tinha começado com quase dez minutos de atraso. Faltava o policiamento, a segurança. E esta também faltou ao ataque do Arões, até ao golo. A equipa de Miguel Paredes foi mais ofensiva neste período, mas não deu que fazer a Malhão.
Do outro lado, as Águias continuavam sem graça. Velocidade a vontade não faltava a Goody e Belela, dois dos homens mais adiantados da equipa. Mas o quarteto defensivo do Arões soube sempre resolver as investidas contrárias.
Aos 25 minutos, Bruno Cunha recuperou a bola a Hernâni a meio do meio campo contrário e viu-se num dilema. Ou seguia para a baliza, ou passava a bola a Zézé, que estava em boa posição. O médio seguiu com a bola, tentou picá-la sobre Malhão. Este, bem, fez a ‘mancha’.
Moreira personificou a falta de pontaria do Águias da Graça. Aos 36 e 39 minutos, dois remates. Um muito por cima. Outro muito ao lado. Pelo meio, Zézé cabeceou bem por cima, quando estava em posição de dobrar a vantagem. Já perto do intervalo, Agostinho rematou, a bola desviou num jogador contrário e bateu na barra.
Na segunda parte, muita luta. Muita vontade. As oportunidades é que foram poucas. Aos 51 minutos, Belela entrou na área, preparou o remate, mas Marcos cortou na hora certa.
O Arões podia ter chegado ao golo aos 67 minutos. Zézé surgiu perante Malhão e fez o chapéu Houve habilidade, pontaria não. A bola saiu pouco ao lado.
A vantagem dada por Filipe na primeira parte quase ficava comprometida aos 75 minutos. Nandinho perdeu a bola no primeiro terço do terreno, Moreira seguiu para a baliza e, ao contrário de Zézé, teve pontaria a mais. A bola bateu num poste e raspou no outro. Sorte de uns. Azar de outros.
O Águias da Graça chegou ao golo aos 83 minutos. Contudo, o árbitro auxiliar levantou a bandeira por ter considerado fora-de-jogo. Dois minutos depois, Gaspar Fernandes deu ordem de expulsão ao treinador dos visitantes, Bé Palheiras.
Aos 88 minutos, João Nunes mostrou que um guarda-redes também decide. Pode não marcar golos, mas pode evitar que eles aconteçam. Quinteiro sofreu falta na área para grande penalidade, encarregou-se de bater e viu o guardião aronense segurar, não só a bola, como os três pontos para o Arões.