A César…o que é de César!
Temos assistido a alguns
golpes palacianos que nos deixam comodamente desconfiados no que concerne à
palavra…Jornalismo! Um jornalista é o mesmo que um escritor, noticiarista,
plumitivo, redactor e repórter, como tal, é alguém a quem compete, no mínimo,
ser isento e reportar sempre a verdade a cada letra que escreve.
Depois dos jornalistas, há
os habilidosos que “até lhe dão um jeito” ou se quisermos, um jeitão!
E depois, há aqueles que
nem são uma coisa nem outra, usando do facciosismo, da tendência para a
maledicência muitas das vezes pessimamente argumentada.
E depois, há também
aqueles que não valem mesmo nada, porque representam mesmo…NADA!
Esta pequena introdução,
aliada ao título desta crónica, serve hoje para falar de um cidadão fafense, de
seu nome Joaquim Agostinho Mendes Ribeiro Bento. Para quem não souber de quem
se trata, nós passamos a abreviar o nome pelo qual é conhecido e tratado…Agostinho
Bento.
Exactamente, esse que
praticou futebol nas camadas jovens da A.D. Fafe, passando depois a sénior no
clube. Seguiram-se na sua carreira o G.D. Chaves com uma subida à 1.ª divisão
nacional, onde actuou como titular nos flavienses. O C.D. Aves e o F.C. Paços
de Ferreira foram os clubes onde actuou posteriormente, dando-se o regresso à
A.D. Fafe.
Duas lesões graves nos
joelhos anteciparam o final da sua carreira, que terminou pouco depois dos 30
anos.
Para trás, ficam
treinadores na sua carreira, tais como, António Valença, Manuel Machado,
Henrique Calisto, Vítor Urbano, Joaquim Teixeira, Luís Campos, Prof. Neca e António de Jesus.
Agostinho Bento assumiu um
dia, vai para quatro anos e meio, o comando técnico da A.D. Fafe, que lutava
para não descer na 3.ª Divisão nacional. Sob o seu comando a equipa manteve-se,
e no ano imediato deu-se a subida, o retorno, ao lugar de onde o Fafe nunca
devia ter saído, a 2.ª Divisão Nacional, com uma vitória em Famalicão no
penúltimo jogo do campeonato.
Até esta fase, antes de
Agostinho Bento ao leme, a A.D. Fafe estava posicionada sempre na linha dos
sobressaltos, ou seja, o Fafe jogava sempre para não descer de divisão.
No primeiro ano da 2.ª
Divisão Nacional o Fafe terminou em 5.º lugar. Nos seguintes até à data de
hoje, dia 03 de Julho de 2014, a Associação Desportiva de Fafe, NUNCA MAIS
jogou com o cutelo no pescoço, a A.D. Fafe nunca mais esteve posicionada em
zonas de descida, mas sim precisamente o inverso…O Fafe com Agostinho Bento
jogou sempre a lutar pelos lugares de subida. O seu a seu dono, porque isto é
verdade e todos nós sabemos disto, ainda que custe a muito boa gente.
COM OS ORÇAMENTOS A DESCER
EM TODAS AS ÉPOCAS em que Agostinho Bento é treinador da A.D. Fafe, mesmo assim
a equipa em termos de qualidade de jogo, demonstrou sempre, ou quase sempre,
superioridade perante qualquer adversário em casa e fora (um pormenor
importante é que nós assistimos a TODOS os jogos do Fafe em casa e fora,
enquanto alguns “artistas da bola” apenas assistem aos jogos em Fafe) e
constatámos, reiterando o que atrás citamos que…O Fafe foi sempre das equipas
da segunda divisão e depois no Campeonato Nacional Sénior, aquela que melhor
futebol praticou. Isto mesmo que afirmamos de forma isenta, honesta e
peremptória, foi muitas, mas muitas vezes mesmo, corroborado pelos treinadores
das equipas adversárias.
Com Agostinho Bento,
Ferrinho aprendeu a jogar futebol, sendo hoje um dos melhores jogadores do
plantel.
Com Agostinho Bento, Xavi
impôs-se no eixo da defesa, ele que não passava de um mero suplente, sendo
inclusive vice-capitão e um esteio no sector defensivo.
Com Agostinho Bento, Mike
aprendeu a ser um defesa polivalente, ora do lado direito, ora do lado esquerdo
e ainda trinco, tendo o jogador evoluído de tal forma, que actua com classe e
mestria na 2.ª Liga.
Com Agostinho Bento, João
Nogueira ganhou notoriedade no meio campo do Fafe, sendo um autêntico 10 na
equipa, ou o denominado playmaker, se acharem melhor.
Com Agostinho Bento, João
Carneiro, jogador mediano no Joane, tornou-se um atleta que actua em toda o
lado esquerdo do campo com uma ligeireza de processos agradável, valendo-lhe um
contrato no Ac. Viseu na 2.ª Liga.
Com Agostinho Bento, Pedro
Freitas, guarda-redes que também foi suplente, impôs-se na baliza do Fafe e o
seu destino foi a segunda Liga, Santa Clara.
Com Agostinho Bento sem
pontas de lança na última época, o veterano Filipe, com 39 anos, foi dos
melhores elementos do plantel.
Com Agostinho Bento, Vasco, no seu primeiro ano de sénior, foi por diversas vezes chamado à equipa principal.
Com Agostinho Bento, Zé Brochado teve diversos jogos em que foi chamado a alinhar no onze principal.
Com Agostinho Bento, Zé Pedro, ainda júnior, foi chamado a actuar conjuntamente com o plantel sénior. E mais ainda...
Convém referir de novo…com
um orçamento substancialmente mais reduzido em relação ao seu primeiro ano de
treinador, o que o inibiu, proibiu automaticamente, de escolher ou optar por
jogadores de outro quilate.
Agostinho Bento é de Fafe,
é natural da nossa cidade, como foi António Valença, outro grande treinador,
como foi o “mestre” Nelo Barros. Isto para dizer que “santos da casa não fazem
milagres”. Mas Agostinho Bento conseguiu nestes anos ao comando do Fafe
autênticos milagres. Porque com um plantel dos mais baratos do Campeonato
Nacional Sénior, a equipa exibiu-se sempre com classe e tapou as maleitas todas
que incidiam sobre ela.
Nenhum dos nossos
adversários se apercebeu que os jogadores estavam há três meses sem receber
salários. Ninguém se apercebeu que os jogadores do Fafe tiveram muitas
dificuldades para se curar de pequenas lesões.
Por fim, ninguém se
apercebeu que a Associação Desportiva de Fafe não teve uma Direcção em toda a
época que terminou!
Um repórter de rock é um jornalista que não sabe escrever,
entrevistando gente que não sabe falar, para pessoas que não sabem ler.
-- Frank Zappa
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