Por: Rui Cardoso
COMUNICADO
A Direcção do Vilaverdense Futebol Clube vem comunicar que apresentou nesta data a sua demissão em bloco, com efeitos imediatos.
A demissão em bloco fica a dever-se ao relacionamento da Direcção com o Eng. Jorge Pereira, na sua qualidade de Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Nos últimos meses, o Eng, Jorge Pereira tem fomentado atitudes de crispação com a Direcção do clube, em que sobreleva a existência de um clima de profunda falta de confiança e que inviabiliza gravemente o regular funcionamento dos órgãos sociais.
Com efeito, entre outros, o Presidente da mesa recusa-se a dar a conhecer à Direcção o texto da ata da última Assembleia Geral, sem apresentar qualquer justificação para o ato. Refere que não. É o não pelo não. Ao não justificar, leva a considerar que exista um qualquer interesse do Eng.° Jorge Pereira que não quer revelar.
Nesta mesma linha, à revelia e sem qualquer conhecimento da Direcção, o Presidente da Mesa solicitou um parecer jurídico que versará, ao que se sabe, sobre a última Assembleia Geral. Note-se que nesta Assembleia, o próprio Eng. Jorge Pereira votou favoravelmente as deliberações, as quais, aliás, foram aprovadas por unanimidade dos sócios. A hipocrisia deste ato contribui para o afastamento dos órgãos sociais.
A isto acresce que, neste âmbito, a despesa foi realizada por aquele sem o mínimo conhecimento da Direcção, limitando-se a apresentar a fatura dos serviços prestados para que a Direcção pagasse. Esta actuação do Eng.° Jorge Pereira demonstra desrespeito e falta de consideração pelos membros da Direcção que nada recebem pela execução das suas funções.
O Presidente da Mesa pretende exercer funções executivas, contratando e realizando despesa, autonomamente. Esta é uma competência da Direcção, e não da Mesa da Assembleia Geral.
Até à data, o Eng. Jorge Pereira estabeleceu com a Direcção uma paz armada. É sintomático disto que na Convocatória da próxima Assembleia e, pela primeira vez neste Clube, informou que terá ao seu lado a presença de um Assessor Jurídico. A Assembleia é um momento de paz entre os sócios, mas o Eng. Jorge Pereira pretende que ela seja armada, o que entendemos que envergonha o Vilaverdense Futebol Clube.
A Direcção assumiu o compromisso de exercer as suas funções com respeito pelo mandato que os sócios conferiram. É este o compromisso que a Direcção quer honrar e que este clima está a impedir.
Esta actuação evidencia que não existe respeito nem um ambiente salutar de cooperação entre os órgãos sociais, em beneficio do Vilaverdense.
A instalação desta conturbação no Vilaverdense propaga-se exponencialmente para fora dele, aos sócios, aos atletas, aos patrocinadores e aos simpatizanto. O clube passa a ser regulado pela ameaça velada e silenciosa proveniente do Eng. Jorge Pereira, com prejuízo para a segurança e a certeza das relações do Vilaverdense com terceiros, o que afeta de forma decisiva a preparação da época desportiva.
Cremos que a manutenção desta situação ao longo do mandato pode destruir a existência do Clube, com o que não podemos compactuar.
A demissão determinará devolver a palavra aos sócios. A eles, sim, cabe decidir.
O Vila é uma Nação!