sexta-feira, 7 de junho de 2013

Colóquio do O.F. C. Antime totalmente fiel ao tema " O Outro Lado do Desporto"



Texto e Fotos: Abel Castro



  • O terror das lesões graves
  • As "azias" por não jogar
  • A falta de ética desportiva
  • O doping...
  • Salários em atraso
  • O Marketing no Desporto
  • As famílias dos desportistas
  • A tragédia Robert Enke
  • A cabeçada de Zinedine Zidane
  • A tristeza de Cristiano Ronaldo
  • Não ao racismo









Englobado nas celebrações do seu 70.ª aniversário, o Operário Futebol Clube de Antime incluiu nas festividades um Colóquio denominado " O Outro Lado do Desporto", e em boa hora o fez.

O Auditório da Junta de Freguesia teve como assistentes cerca de uma centena de pessoas, desde jogadores, treinadores e dirigentes de diversos clubes e também algumas senhoras.

O Jornalista da Antena 1, o fafense Carlos Rui Abreu, foi o moderador, ele que fez questão de referir que, foi em Antime que começou a fazer relatos de futebol, tendo ainda guardada na mente uma equipa completa do Operário de Antime, com suplentes, treinador e tudo.

Bernardino Dias, Psicólogo de Desporto, teve uma intervenção valiosa ao introduzir a sua experiência profissional, bem como, os seus vastos conhecimentos neste evento, recordando à plateia que o factor psicológico é determinante na prática desportiva. Relembrou a tragédia Robert Enke, a cabeçada de Zinidine Zidane, e ainda a tristeza de Cristiano Ronaldo na última época ao serviço do Real Madrid. Focou ainda algumas questões, como por exemplo, o menino que chora por ter ficado em quarto lugar no pódio, o desporto adaptado onde se conquistam grandes proezas a nível mundial, a culpa dos dirigentes quando criticam o desempenho dos atletas, as constantes contestações ao trabalho dos árbitros, que a maioria das pessoas esquecem, tal como o nome indica, é um juíz no decorrer da competição, e também a falta de ética.

Jorge Ferreira, árbitro, apresentou um bonito vídeo, dando a conhecer o "outro lado do árbitro". Para descomprimir de um jogo, nada melhor que um treino no dia seguinte, bem cedo. O árbitro fafense fez questão de referir que os árbitros, tal como todos os agentes de futebol, também erram. E quando sentem que as coisas não correram bem no desempenho das suas funções, nunca mais chega a hora de dormir, pois todos os lances são alvo de reflexão, já em casa, e depois na cama. Rereriu-se ao Antime, como sendo um dos seus clubes, pois foi ainda no velhinho pelado do Albino Meireles que começou a correr atrás de uma bola, até sentir a paixão pela arbitragem que faz dele actualmente um árbitro da 1.ª Liga do Futebol Português. Jorge Ferreira disse ainda ser prática corrente, estudar a forma de actuar das equipas que dirige jogo, após jogo.

Paulo Alves, Treinador de Futebol, disse que não há nenhum treinador no mundo que leva a mesma cara para casa nas vitórias e nas derrotas. Confidenciou que é um técnico minucioso, e para analizar um adversário, prefere ter de se deslocar seja onde for, do que optar pelo estudo do adversário no sofá. Em Inglaterra e França, disse, vive-se mais o dia do jogo em detrimento do trabalho semanal. Culturas diferentes, em países diferentes, mas que Paulo Alves não concorda. Também ele, disse ir muitas vezes para a cama pensar no melhor esquema para defrontar determinadas equipas. E então, quando a sua equipa perde, a "culpada" é mesmo a cama, onde Paulo Alves se farta de dar voltas até adormecer.

Sandro estava a "jogar" em casa. Precisamente no lugar onde nasceu, no Bairro de Antime, Sandro estava emocionado por ser um dos ilustres convidados. Referiu-se ao Antime, dizendo que agradece ao clube da sua freguesia por ter chegado onde chegou, acresentando depois que, o "terino invisível" é determinante. Referia-se a uma boa alimentação e ao inevitável descanso que um atletas de alto rendimento precisa de ter. Disse ainda Sandro que, é mais fácil ser jogador dr futebol do que árbitro. Referiu-se depois às lesões, ele que ultrapassou uma rotura de ligamentos com enorme sacrifício, tendo sessões de fisioterapia sete vezes por dia! Para não fugir à regra, o atleta fafense é mais um dos que quando regressa dum jogo mal sucedido, é "forçado" a passar toda a partida em revista junto do travesseiro, até altas horas da madrugada.

Alex foi o orador seguinte, referindo desde logo a A.D. Fafe, clube que o lançou no futebol e a quem está eternamente grato. Falou da recente conquista do Jamor, mas tal como disse, o jogador tem de perceber que a festa é somente para as bancadas. Como capitão no Vitória de Guimarães, Alex sente uma responsabilidade acrescida pois, tal como disse, leva para junto da sua família o seu desânimo, acrescido do dos colegas da sua equipa, referindo-se às dificuldades financeiras e desportivas. Terminou em beleza dizendo" O dinheiro não é tudo na vida. Basta ver o que o Vitória conquistou, numa época muito difícil em termos financeiros".

Flávio Meireles, Director Desportivo do V.S.C. Guimarães, disse sentir uma enorme nostalgia sempre que passa em frente ao Campo de Jogos da A.D. Fafe. "Fafe é uma terra querida para mim, que muito me deu, como homem e como jogador" referiu. Flávio disse que sair do relvado, pendurar as botas, para ir para um gabinete não é tarefa nada fácil, ainda por cima num clube com graves problemas de tesouraria. De qualquer das formas, disse..."aprendi mais este ano do que com antigos Directores. Desenvolvi uma tarefa muito difícil, mas no final senti-me compensado".

Inácio Anjos, representante do Instituto Português da Juventude, referiu ser um profundo conhecedor do Operário de Antime. Em relação ao estado actual do nosso futebol referiu que há, naturalmente, muitas alterações. Desde o Marketing nos clubes, aos médicos, terapeutas etc... No entender do Prof. Inácio dos Anjos, a ética desportiva é uma das suas maiores preocupações. "É muito fácil falar em ética, mas são poucos os que a colocam na prática. Não pode existir falta de respeito pelo adversário, porque se assim continuar, qualquer dia não há adversário, e consequentemente, não há jogos. É muito importante a formação, mas é nesta área, que se deve fomentar desde logo a ética, a vivência em sociedade etc.. Devemos ter um comportamento cívico, com um rotundo não ao racismo, bem como aos casos de doping. Veja-se o exemplo do Lance Amstrong que enganou o mundo todo, enganando-se a ele próprio e um sem fins de fãs que o apoiavam mundialmente" concluiu.

Pompeu Martins, Vereador da Cultura e Desporto da C.M. Fafe, elogiou o Operário de Antime pela comemoração do seu 70.º aniversário, incluindo no programa um evento desta natureza. "70 anos são uma escola de vida. O papel que cabe ao desporto é deveras importante na nossa sociedade. O Antime tem sabido faze-lo bem, e está de parabéns. Defendemos intransigentemente o fair play e a ética no desporto. Registamos com inteiro agrado a entrada no desporto das meninas. Fafe está muito atento ao fenómeno, e não é por acaso que já temos realizado na nossa cidade grandes eventos. a Volta a Portugal em bicicleta, o W.R.C. Fafe e outros como foi a a Final da Taça 8 de Basquete. Que estes estimulem os amadores para um maior crescimento desportivo. Desejo e espero uma longa vida para o Operário de Antime" disse a terminar.

Jorge Marinheiro, Presidente do O.F.C. Antime teceu discursos de agradecimentos no final, referindo que não contava nada com a oferta efectuada pelo V.S.C. Guimarães (Uma placa alusiva e um galhardete). "Já nas comemorações dos 50 anos abordamos este tema, onde, curiosamente, eu era também Presidente. Defendemos e lutamos todos os dias pela ética e fair-play, e não é obra do caso que, o Antime vence quase todos os anos o Troféu institituído pela C.M. de Fafe "Não À Violência Viva O Desporto". Este ano não vencemos porque fomos prejudicados em casa por um árbitro, venceu o Agrupamento a quem endereço os meus parabéns. Saímos daqui mais instruídos, pelos testemunhos e exemplos de vida destes ilustre convidados. Obrigado e todos, a  quem ficaremos eternamente gratos", concluiu Jorge Marinheiro.

 

 

 


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Andebol: Cláudio Mota renova com o A.C. Fafe

Cláudio Mota renova com o A.C. Fafe

"Sinto uma forte ligação com a massa associativa"


Cláudio Mota teve diversas propostas para mudar, mas o amor pelo AC Fafe falou mais alto e o central renovou por mais uma época.
O jogador, de 26 anos (celebra 27 na próxima 6ª feira), vai já para a 4ª época a representar os fafenses, que esta temporada fez a melhor classificação de sempre na 1ª Divisão Nacional, com o 8º lugar.
Na hora da assinatura da renovação, Cláudio Mota explicou ao modalidades.com.pt que havia outras opções mas escolheu um ''clube cumpridor'': "É verdade havia interesse de outras equipas, mas acredito no projecto do AC Fafe que é um clube cumpridor, sério e que aposta juventude. Já estou no clube há 3 anos e conseguimos sempre os objectivos que definimos. Além disto criei uma ligaçao forte com a massa associativa e com os atletas da formação no qual faço parte como treinador dos infantis B".
Questionado acerca da possibilidade de o AC. Fafe ambicionar por uma melhor posição na tabela classificativa, o central não hesita em dizer que ''há condições para o clube conseguir chegar ao Grupo A''. ''Perdemos quatro jogadores importantes, mas a equipa vai-se reforçar para o próximo ano conseguirmos fazer uma época tranquila e se possível chegar ao Grupo A. Sabendo que há equipas muito fortes e com orçamentos superiores" analisou.
Por: modalidades.com.pt

terça-feira, 4 de junho de 2013

Já disponível a Grande Entrevista com Francisco Castro (Treinador do O.F.C. Antime)

 
 
FafeDesportivo à conversa com Francisco Castro
 Treinador do O.F.C. Antime.
 
 
  • Conseguimos concretizar os nossos objectivos.

  • Quiseram atirar a pressão para cima de nós.

  • Sofremos golos que acontecem de cinco em cinco anos.

  • Jogadores do Antime deram espetáculo em muitos jogos.

  • Fomos prejudicados pelas arbitragens em sete jogos.

  • Jogadores relaxaram quando sentiram a Divisão de Honra.

  • Senti orgulho em representar o G.D. Silvares.

  • Fui convidado a renovar a nove jornadas do fim.

  • Grato à minha esposa e aos meus filhos, pelo apoio que me dão.



Texto e Fotos: Abel Castro

FafeDesportivo: Francisco Castro, perguntamos-lhe desde já, se está satisfeito com a classificação da sua equipa, o Operário de Antime, relativamente à época finda…

Francisco Castro: Sim, estou. Tínhamos como objetivo traçado por nós, equipa tecnica e direção, ficar entre os cinco, seis primeiros classificados e isso foi conseguido plenamente,depois de na época anterior o Antime ter tido bastantes dificuldades para conseguir a manutenção. Este ano era um ano importante, pois fizemos uma restruturaçao profunda no plantel com muitos jogadores novos, mas isso não impediu que fizéssemos um campeonato bom, com uma boa qualidade de jogo com processos bem defenidos e em que esses mesmos jogadores tudo fizeram para dar alegrias aos adeptos do nosso clube.

FafeDesportivo: Lá fora comentava-se que o Antime tinha um plantel para jogar na antiga Divisão de Honra. Concorda?

Francisco Castro: Pois, isso começou muito cedo, muita gente de fora cedo se preocupou com o Antime, não sei bem porquê. O plantel do Antime foi formado para jogar na 1.ª divisão e não na Honra. Mas eu respondo com uma pergunta…Na sua vida de jornalista os seus concorrentes não fazem o mesmo? Colocam-no num patamar elevado, para depois o poderem criticar facilmente? Em qualquer sítio ou profissão as pessoas de fora têm sempre tendência a dizer que os outros é que têm melhor isto, ou melhor aquilo, neste caso que têm melhores jogadores, melhor plantel, e mais orçamento, o que não é verdade, pois toda a gente conhece a realidade e o rigor do Antime em termos de orçamentos. E no fundo foi essa a imagem que quiseram passar, dizendo que o Antime tinha um plantel para jogar na Honra esquecendo-se de outros clubes com orçamento muito superior ao do Antime, com objetivos diferentes do Antime, mas quiseram atirar a pressão para cima de nós e retirá-la deles próprios. Mas como disse anteriormente, tinhamos objetivos claros, que passava por ficar nos seis primeiros classificados e nunca desde o início, mesmo em situações privilegiadas na classificação e nos resultados, nunca mudamos o nosso discurso, e o meu particularmente, e facilmente se prova com declarações feitas por mim. Portanto, o que importa somos nós, e tivemos que estar preocupados connosco para no fim atingirmos o nosso objetivo como aconteceu no fim do campeonato.
FafeDesportivo: Dos 31 golos sofridos, a sua equipa foi a que menos consentiu a jogar em casa, somente 10. O que motivou esta discrepância, de 10 golos sofridos em casa e 21 na qualidade de visitante?

Francisco Castro: Alguns fatores, mas desde já deixe-me dizer que é na minha opinião relevante o facto de sermos uma das equipas que  menos golos sofreu no campeonato,mas acima de tudo o que me deixa bastante satisfeito é que em muitos desses jogos não permitiamos, devido à nossa organização, que os adversários sequer criassem oportunidades de golo, e então em casa era mais relevante essa situação, pois eramos uma equipa forte que no nosso campo com as condições do nosso terreno,e as grandes dimensões do mesmo sentiamo-nos confortaveis no jogo, e os poucos golos que sofremos foram golos de bola parada ou situações caricatas que acontecem de cinco em cinco anos no futebol. Fora de casa tivemos algumas situações que não permitiram que tivessemos a mesma capacidade de defender, desde logo os terrenos de jogo sem ser uma desculpa, pois no início do ano ja sabiamos o que iriamos encontrar, mas a minha equipa e as caracteristicas dos meus jogadores sentiram alguma dificuldade de adaptação a esses mesmos terrenos, por vezes duros eu diria muito duros, pequenas dimensões o que proporcionava um jogo muito físico e direto com muita bola no ar.

FafeDesportivo: A partir de que altura, sentiu que não tinha capacidades de chegar ao 1.º lugar?

Francisco Castro: Ao longo da época as equipas têm momentos bons e momentos menos bons e nós também os tivemos e depois nas alturas menos boas a sorte tambem faz parte do jogo, e em muitos casos é aquela bola que passa em cima da linha e nao entra e a outra que tabela em alguém e entra ou entao outra situaçao infeliz no jogo.E essa altura foi o momento infeliz para nós em que em dois ou três jogos consecutivos fomos superiores aos nossos adversários, mas nesses momentos nao tivemos aquela pontinha de sorte, pois criamos muitas oportunidades e a bola por esta ou aquela razão nao entrava, em sentido contrário o adversário chegava á nossa área uma ou outra vez, e em muitos casos sem criar uma oportunidade flagrante marcava. Isso aconteceu numa fase importante da época já na segunda volta, com algumas jornadas decorridas e foi nessa altura que se cavou um fosso maior para o primeiro lugar.

FafeDesportivo: Considera que o facto de o Antime ter recrutado muitos jogadores na passada época, foi prejudicial em termos de automatismos e entrosamento?

Francisco Castro: Prejudicial não digo, porque sei os jogadores que contratei mas que foi difícil sim, pois do onze base da epoca anterior o Antime só tinha três jogadores e entao para assimilar processos,entrosamento o conhecimento uns dos outros, levou o seu tempo e nós fomos superando isso com uma entrega nos treinos muito forte dos jogadores, em todos os momentos do treino que nos levou a ter uma qualidade de jogo boa, com os jogadores a sentirem que tinham valor.Com o tempo tudo foi mais facil e as coisas começaram a sair com naturalidade a darem espetáculo nos nossos jogos, muitos deles com muita qualidade e a darem razão pela qual foram contratados,apesar de algumas lesões que nos limitaram em certos momentos mas todos soubemos ser fortes e determinados focados no caminho que tinhamos de seguir e chegar a bom porto no final do campeonato como veio a suceder.

FafeDesportivo: Ao longo da época tivemos conhecimento por responsáveis do seu Clube, que o trabalho das equipas de arbitragem prejudicou o Antime. Confirma?
Francisco Castro: Sim confirmo. Não me quero alongar muito sobre o assunto, mas sentimo-nos prejudicados em alguns jogos e posso referir que em sete deles, fomos claramente penalizados por erros de arbitragem que nos custaram a perda de pontos, mas não vou referir quais são os jogos, por respeito aos nossos adversários.

FafeDesportivo: Tendo o Operário umas extraordinárias infraestruturas, e uma equipa de futebol competitiva, que opinião tem sobre a pouca presença de adeptos?

Francisco Castro: No contexto em que se encontra o país e o futebol em particular não é de admirar, pois isso acontece em quase todos os estádios ou campos, mesmo a nivel profissional, ou semi-profissional e distrital. Cabe-nos a nós, homens do futebol, neste caso, treinador de futebol, conseguir que a nossa equipa pratique um bom jogo, um futebol vibrante, com qualidade para que os adeptos voltem em massa, não para meia dúzia de jogos, mas sim, no campeonato todo, embora em alguns dos nossos jogos, este ano, a moldura humana foi de certa maneira bem composta no nosso campo, mas principalmente, e é um fator a destacar, fora de casa com muitos apoiantes do Antime em todos os jogos. E desde já o meu agradecimento por esse apoio.

FafeDesportivo: Quando chegou ao Clube, teve pela frente um trabalho árduo, mantendo a equipa na 1.ª Divisão Distrital no último segundo, após a passagem de vários treinadores. Isso serviu como factor motivacional para continuar?
 
Francisco Castro: Também. Mas independentemente disso, o que quero realçar foi, e é a confiança demonstrada pela direção, na pessoa do seu presidente Jorge Marinheiro, e do seu vice-presidente Osvaldo Neves, que num dos piores momentos desportivos do Antime nos últimos anos, e certamente com muitos, bons e experientes treinadores a quererem ir para o Antime, escolheram-me a mim para um lugar de tanta responsabilidade numa hora dificil e em que todos, ou quase todos que estavam fora da estrutura, não acreditavam que o Antime se safasse da descida de divisão. Foram três meses difíceis, de muito trabalho, em que todos juntos, direção, treinador e sua equipa técnica e jogadores, se uniram de uma forma sincera conseguindo aquilo que todos duvidavam. Lógico que depois desse trabalho a motivação, não só minha como de toda a gente, era muita para continuar.

FafeDesportivo: Conseguiu a subida à Divisão de Honra num ano de fácil acesso. O que faltou para a sua equipa jogar de “caras” até ao final pelo acesso à subida?

Francisco Castro: ‘’ De caras’’ sempre jogamos, em todos os jogos, porque todos os jogos que disputamos e todas as minhas equipas irão encarar os jogos ‘’de caras’’ perante qualquer adversário, e relembro que neste campeonato derrotamos o então lider Pevidém em sua casa, e umas jornadas mais tarde o então lider Ruivanense em nossa casa, nos dois jogos clara e inequivocamente. São dois exemplos de que não tememos ninguém seja que adversário for, fora ou em casa. O facto de se ter cavado um fosso em termos pontuais em relação a nós e não estarmos mais perto dos dois primeiros, deveu-se a um certo relaxamento da nossa equipa que não deveria ter acontecido quando foi do conhecimento que já teriamos o acesso á Honra confirmado. Mas, como em tudo na vida, os jogadores são humanos e os humanos erram, e em alguns destes jogos finais aconteceu isso.

FafeDesportivo: É do conhecimento de todos os desportistas, que o Francisco Castro conseguiu, apesar de tudo, reorganizar o futebol do Operário de Antime, após umas épocas de alguma falta de identidade desportiva. Sente-se naturalmente mais valorizado…
Francisco Castro: Sim, naturalmente. É para isso que existem os treinadores, com ideias diferentes mas certamente todos com uma identidade própria para as suas equipas. Neste caso tenho uma identidade que tento incutir nos meus jogadores e na minha equipa, não quer dizer que seja pior ou melhor, mas naquilo que acredito e que quero que os meus jogadores acreditem pois é mais fácil implementar essa identidade quando os jogadores acreditam naquilo que lhes é transmitido. Hoje o Antime tem uma identidade própria da sua equipa com um futebol agradável, de qualidade que muita gente gosta, e em que os jogadores se sentem bem e motivados com essa forma de jogar que os valoriza em termos globais e que por isso, mesmo alguns deles, irão neste mesmo defeso dar o salto. Só assim poderemos trabalhar com o objetivo de ser melhores dia após dia, tendo previamente definida uma identidade. Relembro que neste campeonato por várias vezes, por questões taticas de cada jogo mudamos a nossa forma de jogar (sistema de jogo) mas acima de tudo mantivemos sempre a nossa identidade, apresentando a mesma qualidade de jogo de sistema para sistema.

FafeDesportivo: Sei que é uma pergunta pertinente, mas sou “forçado” a questioná-lo. Silvares e Antime foram até agora os clubes que representou em Fafe. Que diferenças há entre ambos?

Francisco Castro: São dois clubes com muita história, rivais, e em que a rivalidade sadia no futebol é boa e bonita. Tenho muito orgulho por ter trabalhado no Silvares, da mesma forma que me sinto extremamente orgulhoso de continuar o meu trabalho no Antime. Toda a gente tem ideias diferentes, quer num quer noutro clube e certamente com essas mesmas ideias distintas todos querem o melhor para os seus clubes, dia após dia, época após época. Quando estive no Silvares defendi os interesses do clube, para ser mais forte, e isso deixa-me feliz, neste momento trabalhando no Antime com o conhecimento maior das pessoas deste clube, pois já o tinha feito noutra altura, cabe-me ajudar estas pessoas a fazer deste clube maior e mais pujante no futuro.

FafeDesportivo: Quem foi, na sua opinião, a melhor equipa do campeonato?

Francisco Castro: Olhando para a tabela classificativa, foi o Pevidém pois foi o campeão, e desde já endereço os meus parabéns pelo título conquistado, mas contudo na minha opinião, e por aquilo que tive oportunidade de ver pessoalmente em muitos jogos deste campeonato o Ruivanense foi a equipa que apresentou uma melhor qualidade de jogo, mas que por esta ou aquela razão não conseguiu o seu objetivo, mas também existiram outras equipas com muita qualidade e por isso tornaram o campeonato muito competitivo.

FafeDesportivo: Foi talvez o primeiro treinador a renovar contrato. Fica perceptível que existe uma simbiose perfeita entre o treinador e a Direcção do Antime…
Francisco Castro: Sim, é logico e evidente, mas o que me deixa satisfeito e apesar dessa simbiose, foi a forma e a confiança que as pessoas responsáveis demonstraram em mim e nas minhas capacidades. Um convite para renovar contrato é sempre bem-vindo principalmente quando o trabalho é bem realizado e os objetivos são alcançados. Mas no caso, isso não foi feito no fim da época, ou com os objetivos já alcançados, pois o convite que me foi feito para continuar, foi-me endereçado a muitas jornadas do fim, concretamente nove jornadas do fim, e numa fase em que os resultados nesses jogos não foram os melhores, e eu aí senti toda a confiança que as pessoas responsáveis do Antime depositavam em mim, no presente, mas também para o futuro. 

FafeDesportivo: Vai manter a base do plantel? Que objectivos para a próxima temporada?

Francisco Castro: Isso é o que desejamos, mas no futebol muitas coisas acontecem e os jogadores procuram muitas vezes o melhor para eles. Neste caso queremos manter a base do nosso plantel, pois trata-se de um plantel com qualidade e seria irracional da nossa parte desfazermo-nos dessa base depois do trabalho realizado. É lógico que iremos tomar opções, nem todos vão ficar, nem todos vão sair, (e desde já agradeço a todos os meus jogadores que formaram este plantel, pelo empenho e a dedicação demonstrada) mas sabemos aqueles que pretendemos, e temos alvos bem definidos para contratar no mercado. O objetivo para a próxima temporada ainda não está definido, pois tudo depende do plantel que conseguirmos formar e da forma como as séries vão ficar divididas, mas como treinador, tenho sempre como objetivo superar o ano anterior, e este ano não irá fugir à regra, por isso tentarei fazer melhor que a época que agora terminou.

FafeDesportivo: Vai para a segunda época consecutiva, acrescida da fase da sua entrada. Pensa continuar por muito tempo? Sente que é no Antime que pode catapultar a sua carreira de treinador?

Francisco Castro: O futuro ninguém sabe; agora o importante é sentir-me bem no clube que trabalho, e neste caso sinto-me muito bem, acarinhado pelas pessoas, com a confiança das mesmas, que me apoiam a mim e ao grupo de trabalho, e logicamente, neste clube com estas condições que nos oferece, teremos sempre como objetivo valorizar mais o nosso trabalho, e neste meu caso em particular, como treinador, catapultando a minha carreira como treinador para outros patamares.

FafeDesportivo: Francisco Castro, temos de terminar. Quer deixar alguns agradecimentos para alguém, individual ou colectivamente? Disponha…

Francisco Castro: Em primeiro lugar agradecer à minha familia em particular à minha esposa, ao meu filho, e à minha filha, pois são eles que se privam da minha presença devido ao facto de ser treinador de futebol, mas mesmo assim sempre me apoiaram e estão sempre presentes na maioria dos jogos. Depois, às pessoas que acreditam no meu trabalho, dirigentes do clube que represento, aos meus colaboradores que me ajudam a tomar decisões e que se sentem úteis com a responsabilidade que lhes atribuo, e aos meus jogadores, porque sem eles, nada disto seria possivel, e são eles que fazem os treinadores, eles acreditam naquilo que lhes transmito e eu faço-os acreditar que ‘’ por ali é que é o caminho’’ .

 

 

 

 

 

 

domingo, 2 de junho de 2013

APROVADOS LOUVORES A ATLETAS E EQUIPAS DO CONCELHO


1  APROVADOS LOUVORES A ATLETAS E EQUIPAS DO CONCELHO
Por: CMF
Por proposta do Vereador do Desporto, Pompeu Martins, e tendo em conta os resultados alcançados, a Câmara aprovou a atribuição de um voto de louvor a várias equipas e atletas do concelho, de diferentes modalidades desportivas.
Concretamente, à equipa sénior do Andebol Clube de Fafe, por garantir a permanência na 1ª divisão nacional; à equipa sénior do Arões Sport Club, por se ter qualificado para disputar a final da Taça da Associação de Futebol de Braga no próximo dia 9 de Junho, “algo inédito no historial do futebol concelhio”; Diana Durães, pelo apuramento para o campeonato do mundo de juniores, em natação, o qual se realiza no Dubai em agosto próximo; Marta Noval, pela obtenção do título de vice-campeã da Taça de Portugal de Canoagem – Slalom, nas categorias de C1 e K1; atletas da Cercifaf Luís Gonçalves, Jennifer Machado e João Machado, pelo apuramento para o Campeonato da Europa para pessoas com Síndroma de Down, a realizar em Roma, de 27 a 30 de junho e, finalmente, a equipa de juvenis da Associação Desportiva de Fafe, por ter garantido a subida à 1ª Divisão Distrital.

Árbitros bracarenses no jogo de selecções, Bélgica - Irlanda (Andebol)


Pertencem ao C. Arbitragem da AA Braga

 



   Daniel Freitas e César Carvalho nomeados pela EHF para         arbitrar o jogo de Seleções Bélgica - Irlanda
 
   A dupla de árbitros vai dirigir o jogo da 1ª fase de qualificação para o Euro 2016 Seniores Masculinos.
   A dupla de árbitros internacional Daniel Freitas e César Carvalho, pertencentes ao CA da A.A. Braga, foi nomeada pela EHF, para dirigir o jogo entre as selecções A masculinas da Bélgica e da Irlanda.

  Este jogo, que terá lugar a 12 de Junho de 2013, em Hall de la C.E.T., Tournai, na Bélgica, pelas 20h00 locais, é a 5ª e a penúltima jornada do Grupo C da 1ª fase de qualificação para o Campeonato da Europa 2016.

   O delegado nomeado é o francês Jean Yves Renon.

 

 


 


  

 






José Pereira eleito Presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol: Vencimentos em atraso e Formação de Treinadores, são as preocupações imediatas...


José Pereira eleito presidente da ANTF
 
Por: GD

O vimaranense José Pereira foi eleito como o novo presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), em eleição que decorreu hoje em Oliveira de Azeméis, no último dia do XII Congresso de Treinadores de Futebol.

O novo líder da ANTF foi eleito com 58% dos votos, e prometeu trabalho.

"Foi agradável ouvir de todas as instituições aqui presentes, nomeadamente, da Federação Portuguesa de Futebol, da secretaria de Estado do Desporto e Juventude e da própria Liga Portuguesa de Futebol, a disponibilidade para colaborarem na resolução dos problemas do futebol em Portugal", disse, relçando que esses problemas da classe são os "vencimentos em atraso" e a "formação dos treinadores".

70.º Aniversário O.F.C. Antime: Dia Mundial da Criança celebrado no seio de uma grande felicidade infantil... (Confira todas as fotos)


Dia Mundial da Criança assinalado com êxito! 

Texto e fotos: Abel Castro

Incluído no programa do 70.º aniversário do O.F.C. Antime, o clube celebrou ontem, com pompa e cirscunstância o Dia Mundial da Criança, levando até ao seu Parque Desportivo dezenas de crianças oriundas de vários clubes de Fafe.

O dia foi longo, com vários jogos de futebol que se iniciaram bem cedo, na categoria de Benjamins na parte de manhã, O.F.C. Antime, A.D. Fafe, Ases S. Jorge, S.R. Cepanense, G.D. Golães e G. D. Fornelos, para no período da tarde actuarem as  equipas de infantis do O.F.C.A./Geração Benfica, Arões S.C., Ases de S. Jorge e A.C. D. Pica.

O resultado final não era nem foi o mais importante, até porque a Organizaçãp premiou todas as equipas participantes com o Trofeu alusivo e um Diploma excactamente iguais para todas as equipas.

A jornada foi um êxito, não só para os miúdos mas também para os pais e familiares que compareceram em bom número.





 





 

Muita diversão na Festa da Liga Futsal Fafetur! Até os árbitros jogaram!



















Prémios:

Campeões: A.S.C. Sol Poente

Vice-Campeões: Stº Ovídio

Taça Disciplina: A.D. Revelhe

Melhor Jogador 2012/13: Toni (Stº Ovídio)

Melhor Guarda-Redes 2012/13: Rui Lopes (Amigos de Fafe)

Melhor Marcador 2012/13: Toni (Stº Ovídio) com 41 golos

3ºs classificados da Liga: Fornelos/Dentalfafe e Leões do Ferro/Fafedry

5ºs classificados: Amigos de Fafe, Estorãos, Futsal Clube Fafe e Moreira de Rei

9ºs classificados: ARA Bugio, Ardegão, Ases S. Jorge, Revelhe, Rumo ao Futuro, Silvares, Vinhós e Travassós

 
 

A Festa de encerramento da Liga de Futsal Fafetur, foi indubitavelmente um momento de enorme descontração, alegria e camaradagem.

Até os árbitros quizeram partilhar na tarde de festa, jogando e marcando golos.

Fica para a posteridade o registo fotográfico de FafeDesportivo, sendo certo que também nós, nos congratulamos por ter integrado, no que concerne à merecida divulgação, este evento que é considerado um dos maiores do nosso concelho.

Parabéns à Liga de Futsal de Fafe!

 

Abel Castro



sábado, 1 de junho de 2013

Albano Correia: Outro fafense na calha para a 1.ª Liga!



Por: Abel Castro

Albano Correia, fruto da excelente época que realizou, vai efectuar testes na Liga Portuguesa de Futebol Profissional, tendo em vista fazer "parceria" a Jorge Ferreira.

A acontecer, será a primeira vez que o nosso concelho contará com dois árbitros no escalão máximo da arbitragem nacional.

Acreditamos no valor de Albano Correia, e ficamos ávidos de receber a notícia da sua ascenção à Liga Portuguesa de Futebol.

Fafense Jorge Ferreira continua ao mais alto nível: Liga Portuguesa de Futebol Profissional!


 Jorge Ferreira continua na 1.º Liga de Futebol Profissional

Por: Abel Castro






 

O árbitro Jorge Ferreira vai continuar entre a elite da arbitragem do nosso país.

Após uma época atribulada, com uma arreliadora lesão  numa fase determinante da época, Jorge Ferreira voltou a merecer a confiança dos altos responsáveis pela arbitragem de Portugal, e para a próxima temporada lá teremos de novo este nóbel árbitro natural e residente em Fafe, na "nata" da arbitragem portuguesa.

FafeDesportivo deixa aqui publicamente expressos, os mais sinceros parabéns a Jorge Ferreira.